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Mindhunter


Páginas: 383 |Editora: Intrínseca |Autor: John Douglas e Mark Olshaker |Ano: 2017

Olá Leitores!

Hoje em dia é muito fácil você acessar a internet em busca de algo que está em  dúvida ou por pura curiosidade. Desse modo, é muito simples para qualquer um pesquisar sobre assassino em série, logo você obterá todos os resultados possíveis e cada atrocidade que ele fez. É perceptível o número de livros que tratam do assunto, de fato é uma informação cada vez mais comum e extremamente popular.

"Um dos motivos pelos quais nosso trabalho é necessário tem a ver com a natureza mutável dos próprios  crimes violentos."
Naturalmente vemos livros com casos extensos sobre a vida e os atos de um assassino em série, mas você já se perguntou: como eles são pegos? Como se dá o processo para que um assassino seja interceptado? Quem se encarrega dessa tarefa? Em Mindhunter conhecemos a história de um agente do FBI aposentado que foi primeiro caçador de serial killers americano. Claro que ele não pegava uma espingarda e saía a procura de assassinos como um caçador de recompensas.

"Assassinos em série jogam um jogo perigoso. Quanto melhor compreendermos a maneira como jogam, maior será a vantagem sobre eles."
O livro conta minuciosamente como foi esse processo em que o John, um dos autores, passou de um simples agente para um caçador de serial killers. Sua jornada se inicia nos anos 1970 onde a ciência forense não era tão avançada e os métodos não tão sofisticados. O início é bem básico, o livro retrata a vida de John, e como ingressou no FBI. Não me senti tão conectada com o livro nas primeiras páginas, pois tem uma introdução mais biográfica.

"O crime é um problema moral. Só pode ser solucionado em nível moral."
Mas a medida em que fui lendo, o livro começou a me surpreender. John cria uma maneira própria para entender a mente assassina, fazendo uma teia em que precisa se imaginar dentro do corpo da vítima e do assassino. Ele conta seus primeiros casos, a repercussão de seu trabalho e o esforço que desempenhou. Também compara seus métodos como os de Sherlock Holmes, do autor Conan Doyle, e o detetive Dupin, de Poe.

"Havia algo inerente e profundo no psiquismo de um criminoso que o levava a fazer coisas de determinada maneira."
É como ler os bastidores de onde tudo funciona, podemos imaginar como as engrenagens foram se formando para enfim se transformar em um organismo que salvou muitas vidas. Como John foi pioneiro, é compreensível que o modo em que trabalhou passou por muitos refinamentos e foi preciso recrutar diversos outros agentes. O trabalho também influenciou em  sua vida pessoal, e isso também é desenvolvido durante seu relato.

"Quando você passa os dias examinando cadáveres mutilados, especialmente quando se trata de crianças, este não é o tipo de coisa que quer levar para casa."
A biografia é surpreendente. O livro não te dará segredos do FBI, ou maneiras para que se torne um assassino não rastreável. É uma transcrição fabulosa de como a mente humana funciona e que pode servir para o bem ou para o mal.


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