[RESENHA] Os Artifício das Trevas: Rainha do Ar e da Escuridão [Livro #3]
Páginas: 742 | Editora: Galera | Autora: Cassandra
Clare | Ano: 2019
Olá Leitores!
Essa é o último livro da trilogia Os Artifícios das
Trevas que acumulou fãs do mundo inteiro. Aguardei por essa sequência durante
anos e quando finalmente a li, devorei-a em pouquíssimos dias. É um livro
grande para os padrões da Cassandra, mas acredito que foi necessário, pois
havia muitos personagens com histórias inacabadas e muitas perguntas a serem
respondidas. O livro é centrado no romance entre Julian e Emma, que por conta
de uma maldição não podem prosseguir com o relacionamento.
“As vezes, não se pode ser leal a todos.”
Nos volumes anteriores, essa maldição não foi bem
explicada e sempre ficou algo suspenso, não sabíamos o que aconteceria com eles
se sucumbissem à suas emoções, e podíamos ver as consequências da suposta
maldição em alguns trechos. Mas mesmo
que isso construa boa parte do enredo, temos alguns outros pontos
importantíssimos retratados no livro. O volume anterior não acabou bem, seu desfecho
foi totalmente inesperado, totalmente diferente dos finais convencionais dos
livros da autora, e por isso a expectativa quanto a Rainha do Ar e da Escuridão
foi ainda maior.
“Havia sangue na plataforma do trono do Conselho, sangue nos degraus, sangue nas paredes e no soalho, e nos fragmentos da espada mortal.”
O livro supriu minhas expectativas? Obtive respostas
de todas as perguntas que tinha?
O livro fez sim seu trabalho em aplacar meu desejo
por respostas e expectativas. Não esperava de modo algum o desfecho que ele
teria, o rumo das ações foi impressionante. Mas ainda há muitas perguntas. Ao
mesmo tempo em que esse é um desfecho de uma trilogia, ele é um inicio de uma
nova saga. A história sobre os personagens centrais aqui é bem trabalhada, mas
podemos ver alguns indícios de fatos que irão contribuir para a história de
Kit, Ty e Dru, personagens principais da trilogia The Wicked Powers.
“Sempre pensara em Ty como alguém frágil, mas ele não parecia frágil. Parecia um ferro forjado numa tira fina: flexível, porém inquebrável.”
Vemos desde os primeiros livros das Crônicas dos
Caçadores de Sombras que A Clave (o governo), é deturbada e atinge a vida de
caçadores de sombras e integrantes de submundo. Até agora, tivemos alguns
problemas com elas em alguns livros, mas ele é sempre resolvido. Achei bem
interessante o rumo que A Clave tomou nesse livro. Foi uma espécie de espelho
de um governo mundano. O abuso de poder, a oposição, esses foram temas
discutidos durante o livro.
“Eles se levantaram e se misturaram até tudo ser fogo. E quando acenderam finalmente, incapazes de esperar um minuto sequer, eles eram um só. Incandescentes como anjos.”
A autora manteve uma série bem YA em todos os seus
livros, mas em Rainha do Ar e da Escuridão, houve algo diferente. O livro
contém trechos realmente hilários, e outros dramáticos e decisivos. Os
personagens que conhecemos no início não são os mesmos do final. Eles
amadureceram bastante, passaram por muita coisa, e isso deixou a história mais
envolvente.
“Mas essa era a vida dos caçadores de sombras: sempre havia missões, sempre havia um amanhecer perigoso.”
Foram mais de 700 páginas cheias de reviravoltas, e
nostalgia. O livro reuniu praticamente todos os personagens principais de todas
as sagas dos Caçadores de Sombras. Foi emocionante matar a saudade de alguns,
relembrar de outros, ver a participação deles dentro da história. E sim, estou
desesperada pela continuação. Ainda há muitas perguntas, e se tive muitos
questionamentos durante o livro, nem se compara de quantas perguntas fiz durante
o epílogo.
“Eles se ergueram como um, em fogo e faíscas, cada instante mais brilhante; e quando finalmente romperam e caíram juntos, eram estrelas colidindo em ouro e glória.”
Esse é um tipo de leitura maravilhosa. Uma história
envolvente que contém romance, mistério, aventura. Sempre gostei desse trio
junto. Adoro livros completos, que constroem histórias que nos deixam
instigados a continuar. São muitas páginas a serem lidas, eu sei, mas esse é um
tipo de história que nos prende e nem percebemos o passar das páginas.
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