[RESENHA] Dinastia de Ladrões: Vow of Thieves [Livro #2]

Olá Leitores!

Páginas: 464 |Editora: DarksideBooks |Autora: Mary E. Pearson | Ano: 2019| Gênero: Fantasia, romance

(Pode conter spoilers do volume anterior)

Vow of Thieves é o segundo e último volume da duologia Dance of Thieves, que também é um spin off da trilogia As Crônicas de Amor e Ódio. Para quem sofreu, assim como eu, com o casal Kazi e Jase, sabe que a luta para eles finalmente se entenderem no final de Dance of Thieves, foi de corroer o coração. Ainda assim, o livro anterior finaliza com uma suposição de que eles se entenderem e isso deixa o leitor ávido pela continuação, para enfim saber mais sobre o que aconteceu.

Este desfecho se inicia quando Kazi e Jase estão prestes a chegar à Boca do Inferno. A relação deles está ótima e quando enfim chegarem, trarão ótimas notícias. Infelizmente, pouco antes da chegada, eles recebem uma informação de que o irmão de Jase morreu. A informação é dada pela irmã dele e talvez não seja algo sério, porém isso deixa nossos protagonistas sedentos para chegar logo ao destino, e averiguar o que ocorreu.

A recepção que eles recebem ao chegar não é nada agradável. Ao adentrar as páginas deste segundo volume, o casal está muito bem e não parece nada fora do lugar. É exatamente aí que o leitor deve desconfiar de que alguma coisa está prestes a explodir. Os ganchos para este volume, deixados pela autora no final de Dance of Thieves, também enfatizam que esse livro não será um mar de rosas. Jase e Kazi são emboscados logo na chegada e ambos se separam.

"Vai dar tudo certo. Mas, às vezes, não dava tudo certo."

Temos a terrível impressão de que Jase morre devido aos ferimentos, enquanto Kazi é presa pelos seus captores. Não ficamos a par do paradeiro de Jase por um longo tempo e assim como Kazi, o medo dele morrer também aflige o leitor. Nos resta descobrir o que aconteceu com a Boca do Inferno durante o tempo em que ambos estiveram fora. Ao que tudo indica, o lugar foi tomado pelos responsáveis dos transtornos ocorridos no volume anterior.

O livro então toma um rumo bem maior do que é de se esperar. O primeiro volume retratava alguns problemas na Boca do Inferno, porém não com tanto destaque, pois a resolução do romance entre Kazi e Jase nos chamava mais atenção. Essa sutil ascensão de um problema deixado ali para enfim se transformar em algo precisamente maior, é uma surpresa e um ponto a mais para a construção deste enredo.

Com essa suposta guerra, vem também separações e traições. Posso garantir que fui pega de surpresa diante de algumas decisões de alguns personagens, e sobre as escolhas de suas fidelidades. Alguns personagens se mostraram enfaticamente ainda mais surpreendentes por antes os vermos como  secundários e agora ter um papel definitivo na história.

"Outras verdades eram mais duras de partilhar - elas vinham à tona em camadas -, algumas enterradas tão fundo que eram apenas uma dor vaga que havíamos aprendido a ignorar." 

É inesperado esta mudança, mas não deixa de ser muito boa. O romance que era tão vívido no livro anterior fica em segundo plano, ao passo que a luta dos personagens pela sobrevivência é ainda maior. Mesmo lendo a obra com muita rapidez, não estava pronta para me despedir desses personagens que me conquistaram tanto e que tiveram suas cotas de sofrimento bem maior do que eu imaginava que aguentariam.

O ritmo frenético da autora escrever me surpreendeu positivamente, e novamente destaco como sua escrita está mais fluida nesta duologia. O progresso veloz da leitura deixa o leitor apreensivo em diversos momentos, as revelações nos pegam de surpresa e a cada nova descoberta, senti que mais desconfiada eu ficava. Não dá para simplesmente confiar nos personagens depois de cada mudança que ocorre aqui.

Há ainda mais participações de alguns dos personagens da trilogia As Crônicas de Amor e Ódio, e para quem curte esses livros, é um momento perfeito para relembra-los e matar a saudade dos personagens. O desfecho me deixou bem sentimental e vou sentir saudade de cada personagem, principalmente de Kazi e Jase.

Confira a resenha de Dance Of Thieves.

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