[RESENHA] As Maldições Ancestrais: Os Pergaminhos Vermelhos da Magia [livro #1]

Olá Leitores!

Páginas: 294 | Editora: Galera Record | Autores: Cassandra Clare e Wesley Chu | Ano: 2019 | Gênero: Fantasia, romance lgbt.

Como já devem ter percebido, sou extremamente fã da Cassie e do mundo dos Caçadores de Sombras. A representatividade que a autora insere em seus livros é um dos principais pontos que gosto. Apesar de ter bastante livros publicados, não acho que sejam repetitivos. Eles se aprofundam em personagens distintos e a autora consegue desenvolver histórias cativantes onde é impossível não se apegar aos personagens.

Neste primeiro volume da nova trilogia da autora, ela explora mais sobre os personagens Alec e Magnus. O legal é que o enredo se passa entre os livros três e quatro da saga Os Instrumentos Mortais, exatamente depois de Magnus e Alec decidirem tirar férias juntos e anunciarem o início do relacionamento.

Para um caçador de sombras, como Alec, é preciso coragem e responsabilidade para se assumir como gay e enfrentar toda a gama de preconceito presente na Clave. Com isso em mente, ele aceita seu destino e decide que é melhor encarar a felicidade e arcar com todo o burburinho que essa nova relação acarrete. As férias dos dois está programada para ser pela Europa e o livro já inicia com ambos em Paris.

"Vira tantas tragédias, e ambos sabiam que as piores tragédias nasciam do amor."

Não demora muito para acontecer algumas coisas dignas de chamar atenção de um caçador de sombras, então Alec e Magnus partem para investigar. As férias é interrompida diante de um problema que Magnus precisa resolver e Alec, é claro, embarca junto para essa resolver essa interrupção de suas férias. Como esta viagem do casal foi feita entre os livros três e quatro da saga principal, não tínhamos noção do que aconteceu nesse intervalo. A autora deixou essa parte em branco e decidiu preencher com uma ótima história nesse livro.

O romance de Magnus e Alec está exatamente no início, então é legal acompanhar o processo de aceitação dos dois e o costume das muitas diferenças entre eles. Posso resumir que achei tudo isso muito fofo e leria novamente para acompanhar essa experiência linda. O amor entre eles é palpável e vemos isso nas decisões e atitudes dos personagens.

"Talvez todo amor navegasse muito próximo da loucura. Quanto mais profundo, mais perigoso."

As personalidades pouco conhecida deles é cada vez mais visível entre as páginas e há uma surpresa ótima durante a leitura. Alguns personagens de outras sagas aparecem na história e fazem parte da trama. Eles não influenciam em muita coisa e acredito que essa participação é mais para conhecermos mais sobre eles. Inclusive, há personagens de que conhecemos somente em livros mais adiante, e que tem uma pequena aparição aqui.

A história que lemos em Os Pergaminhos Vermelhos da Magia não tem influencia alguma com a saga Os Instrumentos Mortais, portanto pode ser lido mesmo sem você ter terminado a saga, ou mesmo que você não tenha lido as demais trilogias da autora. É como se fosse um extra que ganhamos como bônus.

"É oficial - declarou para ninguém em particular. - Estas são as piores férias da minha vida."

Não há risco de pegarmos spoilers das demais obras da autora e recomendo que para ler este livro, você já tenha lido, no mínimo, até o livro três da saga Os Instrumentos Mortais justamente para evitar spoiler dos volumes anteriores. Como este livro tem como protagonistas personagens lgbts, a representatividade aqui está em peso e é isso que gosto de ver nos livros da Cassie.

O romance é lindo, adoro esse casal e me apaixonei novamente lendo esse livro. Temos uma surpresa muito boa e que me deixou bem curiosa no final do livro. Foi como se uma pergunta fosse respondida e outras mil brotaram no lugar, e só você lendo para descobrir do que estou falando. Isso significa que vem mais história por aí. Os finais dos últimos livros da Cassie estão bem mais impactantes, com ótimos ganchos para outros livros, o que só me deixa desesperada para ler mais livros dela.

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