[RESENHA] Com Amor, Simon
Olá Leitores!
Páginas: 272 | Autora: Becky Albertalli | Editora: Intrínseca | Ano: 2018 | Gênero: Romance LGBT | Tradutora: Regiane Winarski
Simples, necessário e fofo, Com Amor, Simon é um livro de romance LGBT. Originalmente tendo o título Simon vs A Agenda Homo Spiens, o livro ganhou o novo título graças ao filme baseado na obra, lançado pela Twentienth Century Fox. A capa ainda carrega um pouco do original, porém também com algumas características do filme.
Simon é o protagonista e é um garoto gay. Ele ainda não saiu do armário, mas isso para ele não é nenhum problema. Ele vê que sua família o apoia e tem amigos ótimos. O problema é que a complexidade de sair do armário, para Simon, agrega mais que uma simples confissão. "Por que garotos gays precisam assumir o que são e héteros não?", Simon se pergunta.
"A gente sempre lê sobre garotos gays com famílias muito católicas em que os pais acabam participando de organizações de apoio à causa e de paradas de orgulho gay e de tudo. Aí, você ouve também sobre pais que não se incomodam nem um popuco com a homossexualidade, mas não conseguem aceitar quando o próprio filho se assume. Eles são uma caixinha de surpresas mesmo."
É uma pergunta da qual eu nunca tinha imaginado fazer, mas seguindo o raciocínio do personagem, parece bastante lógico. Além do mais, Simon troca emails eletrônicos com um garoto que se intitula Blue, e que também é gay. Os emails são mais do que uma mera amizade, contudo nenhum dos dois sabe a identidade do outro.
Esse relacionamento virtual pode acabar quando um garoto da sua escola chantageia Simon ao descobrir que troca correspondências secretas com outro garoto, e que é gay. A chantagem não é tão horrível e Simon consegue lidar bem com ela, porém há o risco do relacionamento secreto que tem ser exposto.
Não é motivo de vergonha que os personagens não querem que o mundo saiba o que eles tem. Há várias razões para ambos quererem manter a descrição: como a reserva contida de Blue; ambos ainda não terem saído do armário; e acima de tudo, eles não conhecerem a identidade do outro.
"Sei lá. Estou de saco cheio de gente hétero que não consegue resolver as próprias merdas."
As correspondências eletrônicas trocadas são no estilo do livro Simplesmente Acontece. Há sempre humor, amor e autoconhecimento. Apesar do que Simon sabe a respeito da sua sexualidade, ele descobre mais sobre si no decorrer do livro e pelo contato com Blue.
O contato virtual não minimiza a importância da conexão que os personagens tem, e o relacionamento de amizade criaram ao longo das trocas de email. A escrita é surpreendentemente simples, a abordagem de assuntos necessários se faz presente também de forma sucinta.
A chantagem, a relutância em se assumir, e todo o contexto do livro, pode transparecer que há um clima pesado nas páginas. Contudo acontece justamente o contrário. A escrita é tão juvenil e simples, que não há um clima pesado no livro. Os assuntos importantes discutidos aqui são empregados em várias situações, o que nos fazem refletir de forma automática, e tudo isso com uma simplicidade admirável.
O mistério em descobrir quem é o amigo secreto de Simon permeia o livro quase todo. Conjecturei que seria várias pessoas, mas não acertei nenhuma. O romance entre eles é fofo e cresce em cada página construído através de conversas e autoconhecimento.
"Branco não devia ser o padrão, assim como hétero não devia ser o padrão. Não devia existir nenhum padrão."
Um dos tópicos mais importantes abordados pela autora, é a necessidade em assumir sua identidade sexual. Não somente em gays precisarem fazer isso, essa necessidade deveria ser atribuída por todo mundo. O motivo? É que às vezes jogam tantas coisas nos ombros de pessoas "diferentes do convencional", que esquecemos que todos são iguais.
A mensagem fica clara por toda a obra. É um livro lindo, totalmente viciante e com personagens marcantes. Arriscaria dizer que pode ser lido em uma tarde de tão viciante.
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Oi! Eu conheço a história apenas pelo filme e ainda assim achei bem legal. Com certeza o livro é melhor ainda. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Oie! Nunca li o livro, apenas vi o filme e amei!
ResponderExcluirBeijos,
Gêmeas De Rosa
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi, Leyanne como vai? Eu assisti o filme e nem me agradou tanto como eu esperava. O livro não li, mas sua resenha aguçou minha curiosidade em lê-lo. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Eu queria muito ler esse livro, mas sempre acabo deixando ele para depois. É um livro super fofo e cativante, mas com várias lições sobre o mundo e nós mesmos, que nunca paramos para pensar. Confesso que o quote que você escolheu, sobre se assumir, me chamou atenção, pois realmente nunca tinha parado para pensar nisso.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Oi Leyanne, já ouvi muita gente falando desse livro, mas até hoje não li e na verdade nem vi o filme também. Que bom que a leitura foi legal para você!
ResponderExcluirOs Delírios Literários de Lex
Oi Leyanne,
ResponderExcluirEu não li o livro, mas assisti ao filme e ADOREI!!!!!!!!
Que amorzinho!!!!!!!! E aí eu desisti de ler por já conhecer a história. Mas quero me aventurar nos outros livros da autora.
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Hey Leyanne! Tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que a leitura não faz muito o meu estilo (prefiro as fantasias), mas compreendo que o tema abordado na trama infelizmente ainda é um tabu. Uma sociedade tão "evoluída", mas que ainda tem essas questões para evoluir.
Obrigada por comentar lá no blog.
Volte sempre!
| Blog Misto Quente |
Oi Leyanne.
ResponderExcluirEsse é um dos poucos livros com a temática LGBT+ que eu gosto. Até porque ele não tem uma necessidade de se provar, mas de mostrar o homossexual de uma forma mais realista. Amei sua resenha. Foi como reviver o livro.
Beijos
Fantástica Ficção
Oi Leyanne, tudo bem?
ResponderExcluirAdorei a resenha, acho que você transmitiu superbem a vibe do livro.
Só vi o filme e me encantei justamente com a naturalidade com que sexualidade é abordada, sabe? Com leveza, sem aquele peso enorme da não-aceitação que muitas obras trazem.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas