[RESENHA] O Guia do Cavalheiro Para o Vício e a Virtude [Livro #1]
Olá leitores!
Páginas: 433 | Autora: Mackenzi Lee | Editora: Galera Record | Ano: 2018 | Gênero: Romance histórico, romance LGBT | Tradutor: Mariana Kohnert
Eu estava há um tempo querendo ler essa obra, porque a premissa dela já parece algo que eu iria gostar. Mas eu não tinha ideia do quanto eu iria amar esse livro. Eu mal vi as mais de 400 páginas passarem durante a leitura. Acabei rindo, me divertindo, me emocionando, suspirando pelo casal do livro, e adorando as menções aos temas importantes presentes no enredo.
O livro é um romance histórico que se passa no século XVIII. Monty narra o livro em primeira pessoa e não é o melhor dos protagonistas. A princípio acabei ficando bem estressada com as atitudes dele. Podemos considerá-lo um libertino para a época. Mas não é só isso. Ele também age com infantilidade e parece imaturo em algumas decisões.
Mas também consegui compreender qual objetivo da autora em construir Monty. Ele é um dos personagens que mais tem um desenvolvimento notável na trama. Monty é um personagem bissexual, e já podemos notar que há representatividade na obra. O protagonista também é apaixonado pelo seu melhor amigo, Percy. Porém, embora esteja apaixonado, ele não descarta as várias outras opções de sua vida libertina.
Monty está em seu ano em que finalmente irá fazer um Grand Tour pela Europa, que consiste em visitar vários lugares de uma vez por um ano, e conhecer melhor cada local. Assim, ele embarca nessa viagem com Percy e sua irmã Felicity. Não preciso discorrer muito sobre isso, para o leitor adivinhar que nem tudo será flores.
Monty acaba se metendo em problemas e carrega Percy e Felicity com ele. Os três, além de já estarem em uma aventura, embarcam em mais uma, essa bem mais perigosa. Em vista que estão em uma situação de vida ou morte, com o Grand Tour comprometido, os três viverão situações que irá moldá-los.
Embora a obra seja ambientada no século XVIII, a linguagem é simples e acessível. Isso foi um dos aspectos que mais me encantaram nela. Temos também a introdução de temas importantíssimos inseridos no contexto, que servem para conscientizar cada vez mais o leitor.
Através dos personagens e situações, podemos notar que há várias críticas associadas à época, mas que também podemos trazer para os tempos atuais. Percy, por exemplo, é um personagem birracial, com a pele mais escura que o aceitável para a época.
Ele não é escravo porque essa prática já havia sido abolida na Inglaterra, porém, o racismo ainda era bastante concentrado em todos os lugares. O personagem sofre com esse fato em vários momentos. Seu status social é elevado para os padrões de um negro da época, e mesmo assim há várias práticas de racismo com ele.
Podemos claramente associar essas várias situações com nossos dias atuais. Por mais que o tempo passe, ainda vemos racismo, e por isso é importante lermos obras que criticam essa prática. Além dessa representatividade, o personagem Monty também nos trás representatividade LGBT, que para a época, era inaceitável, algo abominável, podendo até mesmo ser considerado um crime.
Com certeza, a bissexualidade inserida na história, e a forma como foi colocada no contexto, me deixou maravilhada. Temos que ter em mente que a comunidade LGBT sempre existiu, porém em alguns séculos atrás isso era proibido. Não podemos fechar os olhos e dizer que a comidade LGBT é algo recente, houve luta para ser reconhecida e aceitada pela sociedade.
Portanto, achei de imensa importância que houvesse um personagem LGBT em uma história de séculos atrás. E o romance que a autora criou aqueceu meu coração. Torci pelo casal, assim como sofri em alguns momentos.
Felicity, que pelo que Monty diz, entrou no seu Grand Tour de maneira indesejada, também tem contribuições importantíssimas para a trama. Ela tem apenas 15 anos, mas pelo que vemos, já é uma mulher forte e independente. Adorei o modo como a personagem se mostrou empoderada, e defendeu as mulheres, mesmo que na época as mesmas não tinham direito de nada.
Os três personagens principais são extremamente importantes para a obra e nos faz pensar sobre as críticas que cada um carrega. A junção deles foi magnífica e muito bem colocada. As críticas foram escritas de maneira simples e explícitas, dando uma ideia de como a época era fechada.
Um outro ponto que gostei, foi a maneira como as pessoas da época viam algumas doenças. Havia quem dizia que era bruxaria, assim como as práticas para a cura pareciam práticas diabólicas. Nem preciso dizer o quanto essa leitura me trouxe reflexões, não é? Adorei me divertir e também captar as temas importantes presentes na história.
Eu estava há um tempo querendo ler essa obra, porque a premissa dela já parece algo que eu iria gostar. Mas eu não tinha ideia do quanto eu iria amar esse livro. Eu mal vi as mais de 400 páginas passarem durante a leitura. Acabei rindo, me divertindo, me emocionando, suspirando pelo casal do livro, e adorando as menções aos temas importantes presentes no enredo.
O livro é um romance histórico que se passa no século XVIII. Monty narra o livro em primeira pessoa e não é o melhor dos protagonistas. A princípio acabei ficando bem estressada com as atitudes dele. Podemos considerá-lo um libertino para a época. Mas não é só isso. Ele também age com infantilidade e parece imaturo em algumas decisões.
Mas também consegui compreender qual objetivo da autora em construir Monty. Ele é um dos personagens que mais tem um desenvolvimento notável na trama. Monty é um personagem bissexual, e já podemos notar que há representatividade na obra. O protagonista também é apaixonado pelo seu melhor amigo, Percy. Porém, embora esteja apaixonado, ele não descarta as várias outras opções de sua vida libertina.
A esta altura, se Percy não sabe o que sinto, é o culpado por ser tão estupido.
Monty está em seu ano em que finalmente irá fazer um Grand Tour pela Europa, que consiste em visitar vários lugares de uma vez por um ano, e conhecer melhor cada local. Assim, ele embarca nessa viagem com Percy e sua irmã Felicity. Não preciso discorrer muito sobre isso, para o leitor adivinhar que nem tudo será flores.
Monty acaba se metendo em problemas e carrega Percy e Felicity com ele. Os três, além de já estarem em uma aventura, embarcam em mais uma, essa bem mais perigosa. Em vista que estão em uma situação de vida ou morte, com o Grand Tour comprometido, os três viverão situações que irá moldá-los.
Embora a obra seja ambientada no século XVIII, a linguagem é simples e acessível. Isso foi um dos aspectos que mais me encantaram nela. Temos também a introdução de temas importantíssimos inseridos no contexto, que servem para conscientizar cada vez mais o leitor.
Através dos personagens e situações, podemos notar que há várias críticas associadas à época, mas que também podemos trazer para os tempos atuais. Percy, por exemplo, é um personagem birracial, com a pele mais escura que o aceitável para a época.
A maioria das pessoas que conhecemos olha descaradamente como se Percy fosse uma obra de arte em exibição ou finge que ele não existe.
Ele não é escravo porque essa prática já havia sido abolida na Inglaterra, porém, o racismo ainda era bastante concentrado em todos os lugares. O personagem sofre com esse fato em vários momentos. Seu status social é elevado para os padrões de um negro da época, e mesmo assim há várias práticas de racismo com ele.
Podemos claramente associar essas várias situações com nossos dias atuais. Por mais que o tempo passe, ainda vemos racismo, e por isso é importante lermos obras que criticam essa prática. Além dessa representatividade, o personagem Monty também nos trás representatividade LGBT, que para a época, era inaceitável, algo abominável, podendo até mesmo ser considerado um crime.
Seria mais fácil, mas temos Felicity, e a maioria dos lugares não aceita moças - ou negros, e Percy é escuro o suficiente para que às vezes sejamos barrados por causa dele.
Com certeza, a bissexualidade inserida na história, e a forma como foi colocada no contexto, me deixou maravilhada. Temos que ter em mente que a comunidade LGBT sempre existiu, porém em alguns séculos atrás isso era proibido. Não podemos fechar os olhos e dizer que a comidade LGBT é algo recente, houve luta para ser reconhecida e aceitada pela sociedade.
Portanto, achei de imensa importância que houvesse um personagem LGBT em uma história de séculos atrás. E o romance que a autora criou aqueceu meu coração. Torci pelo casal, assim como sofri em alguns momentos.
Felicity, que pelo que Monty diz, entrou no seu Grand Tour de maneira indesejada, também tem contribuições importantíssimas para a trama. Ela tem apenas 15 anos, mas pelo que vemos, já é uma mulher forte e independente. Adorei o modo como a personagem se mostrou empoderada, e defendeu as mulheres, mesmo que na época as mesmas não tinham direito de nada.
Preferiria estudar medicina a ir para a escola de etiqueta. Era o que eu queria. Mas não permitem moças nas universidades. Moças vão para a escola de etiqueta e rapazes vão para a escola de medicina.
Os três personagens principais são extremamente importantes para a obra e nos faz pensar sobre as críticas que cada um carrega. A junção deles foi magnífica e muito bem colocada. As críticas foram escritas de maneira simples e explícitas, dando uma ideia de como a época era fechada.
Um outro ponto que gostei, foi a maneira como as pessoas da época viam algumas doenças. Havia quem dizia que era bruxaria, assim como as práticas para a cura pareciam práticas diabólicas. Nem preciso dizer o quanto essa leitura me trouxe reflexões, não é? Adorei me divertir e também captar as temas importantes presentes na história.
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Oi, Leyanne como vai? Eu estou querendo ler este livro, mas ainda não tive a oportunidade. Apesar de eu não gostar muito de ler romance, este me chama atenção por ser histórico e conter temas importantes como os mencionados por você. Me parece um livro incrível não é mesmo! Sua resenha e as fotos ficaram maravilhosas, parabéns. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Olá,
ResponderExcluirLer ficção histórica tem sempre um quê de tristeza por notar coisas atemporais, principalmente na questão da mente fechada em relação a varios assuntos, né.
Fiquei bastante curiosa, mas só fico triste por sempre construírem os bissexuais com esse ar libertino.
até mais,
Canto Cultzíneo
Confesso que olhando pela capa, imaginei um livro completamente diferente. Gostei bastante que temos assuntos que são atemporais, embora digam que são "modinha atual". Eu achei sensacional a forma como é abordada no livro e já quero ler também esse livro.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Oi Leyanne,
ResponderExcluirEu já vi várias resenhas positivas desse livro, mas não parei para ler mais da história.
Ache a premissa super bacana. Vou colocar ele na lista de leitura.
Que bom que gostou.
Bjs e uma ótima noite!
Diário dos Livros
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Very interesting post! Thanks for the information! ✔️✔️✔️ Have a great week! 🌺🌺🌺
ResponderExcluirEsse livro parece muito gostoso de ler! Traz temas interessantes.
ResponderExcluirFiquei curiosa com o final! xD
Beijo!
Cores do Vício
Oie, tudo bem?
ResponderExcluirAinda não conhecia, mas fiquei bem interessado pela leitura, valeu pela dica
Blog Entrelinhas
Olá, Leyanne.
ResponderExcluirAchei legal ler a sua opinião sobre ele porque até então eu só tinha lido resenhas negativas do livro. Mas ainda assim não é um livro que me desperte a vontade de ler.
Prefácio
Acho que fui a única que eu não curtiu esse livro. Achei o Monty bem boy lixo, a irmã dele às vezes eu achava bem impulsiva... o único que se salva mesmo era o Percy kkkk
ResponderExcluirBeijos
Balaio de Babados
Oi Leyanne, eu vi críticas tão negativas que estava bem desanimada com a obra, mas agora só começo a achar bem interessante. E a ambientação parece muito boa!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Olá Leyanne,
ResponderExcluirAdorei sua resenha. Quero esse livro já tem um bom tempo, mesmo antes de saber do que se tratava. Acho que foi intuição haha.
De toda forma, já li outras resenhas dele nos últimos tempos mas não sabia de toda essa representatividade e simplesmente fiquei ainda mais encantada.
Beijo!
www.amorpelaspaginas.com