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[RESENHA] Goodfellas: Os Bons Companheiros


Olá, leitores!


Páginas: 272 | Autor: Nicholas Pileggi | Editora: DarksideBooks | Ano: 2020 | Gênero: Biografia, True Crime | Tradução: Carla Madeira | Classificação indicativa: +14


Muitas pessoas são familiarizadas com a adaptação deste livro, que é bastante conhecido e um sucesso dos anos 1990. Até hoje vemos comentários a respeito do filme. O livro também ganhou destaque quando foi lançado em 1985 nos EUA. Sendo publicado somente em 2020 no Brasil, finalmente tive oportunidade de ler a obra.


A história é um relato real de Henry Hill, um dos maiores mafiosos dos EUA, que depois se tornou informante para o FBI. Sua história é sobre seus anos na máfia, desde a infância. Nas primeiras páginas, Henry descreve como sempre teve contato com pessoas da máfia e de seu desejo de querer fazer parte desse meio. Ele não tinha nenhuma vontade para querer continuar seus estudos, preferindo optar por um caminho mais "fácil".


Por ser considerado um caminho atalho, Henry conta sua dedicação ao tentar progredir em roubar, enganar e ser importante para pessoas que a seu ver, eram a quem devia aplicar seus esforços. O relato inicia na sua infância, com uma ampla descrição de como foram seus anos iniciais como uma pequena parte da máfia.


Eu sonhava em ser mafioso da mesma forma como os outros garotos sonhavam em ser médicos, artistas de cinema, bombeiros ou jogadores de futebol.


Um dos vários pontos positivos da leitura é haver detalhes de suas operações, como conseguia dinheiro, informantes, entre outros aspectos. Os chefões são bastante presentes, e nota-se que Henry sempre esteve por perto de grandes nomes da máfia. É curioso saber que por muito tempo essa rede de mafiosos funcionou, enquanto ninguém creditava-os pelos esquemas de mortes, roubos e etc.



Curiosamente, pessoas importantes também contribuíam com diversos negócios a troco de uma grana extra, como agente da polícia e nomes importantes. Assim, a máfia manteve um sigilo enorme por um longo tempo, porém bastante ativa. Henry é um homem que não se transforma em herói em sua própria história.


A visão dele é de uma pessoa com defeitos e isso se torna mais perceptível na narrações envolvendo sua esposa, Karen. Ele, assim como seus companheiros, era infiel, e chegava a ser violento em certas ocasiões. O livro não irá transformar Henry em um moço bonzinho. Há toda sua parte questionável que faz parte de quem ele se tornou. A violência é algo comum nas páginas, portanto matar era corriqueiro.


O senso comum de que eles tirariam uma vida sem pestanejar ironicamente dava-lhes vida. Distinguia-os de qualquer um. Eles o fariam. Poriam uma arma na boca de sua vítima e ficariam observando seus olhos enquanto puxavam o gatilho. Se fossem contrariados, desmentidos, insultados, frustrados de alguma forma ou até levemente incomodados, exigia-se o troco, e a violência era sua resposta.


É de se surpreender como algo do tipo pode se tornar banal, mas é exatamente o que ocorre entre as pessoas que Henry conviveu. Me chocou que em inúmeras situações, matar foi algo simples.


A leitura também abrange o ponto de vista Karen. Essa nova visão serviu para ampliar um outro lado da história. Se, para Henry a realidade era cheia de esquemas e dinheiro, Karen mostra como sua vida mesclava entre luxo e a realidade do marido. Em suas narrações cheguei a me empolgar bastante para saber mais sobre esse outro lado da história que, como disse, foi um complemento ótimo.



O nome do livro, Goodfellas: Os Bons Companheiros, se refere a Henry e mais dois de seus amigos: Jimmy e Tommy. No livro, eles são pessoas que criam uma certa amizade marcada pelos anos de vivência juntos. Aqui, iremos acompanhar a evolução dessa amizade e várias situações envolvendo os três. O ritmo do livro é bom, mas demorei um pouco pra entrar em sintonia com a leitura. Por ser uma história diferente do que costumo ler, acho que o ritmo foi um tanto lento, mas deu uma melhora conforme eu avançava.


Após leitura tive que ver o filme. A adaptação de 1990 tem 2h e 28m de duração e contém um relato maravilhoso da história de Henry Hill. O filme me empolgou tanto quanto o livro. Ler e depois assistir me fez apreciar a obra de duas maneiras distintas, mas gostei igualmente das duas.



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7 comentários:

  1. Ei, Leyanne, tudo bem? Eu achei o livro muito interessante, eu gosto muito de seriados policiais e livros ainda não li nenhum, mas pretendo muito em breve! Apesar desse ser um relato, e não ficção, mas mesmo assim é uma história e tanto!


    Books House

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    1. E como é! Nem sabia que a leitura iria me prender tanto.

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  2. Eu fui meio que obrigada a rever esse filme assim que essa obra prima da Dark foi lançada. Como é um filme bem antigo, muitos detalhes haviam se perdido.
    E oh, que senhor filme!
    Por isso, ainda pretendo comprar essa edição maravilhosa da Editora e mesmo que isso de máfia também não seja meu universo, espero gostar muito!!!
    Beijo

    Angela Cunha/O Vazio na Flor

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    1. Achei o filme espetacular. Também bateu uma nostalgia de filmes daquela época

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  3. Oi, Leyanne. Tudo bem? Que bom que gostou do livro, pois parece-me uma leitura bastante atrativa, embora seja relatada. Ótima resenha. Abraço!

    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Gostei bastante. Não esperava que a leitura fosse assim.

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  4. Oi!

    Não conhecia esse livro. É impressionante como as histórias de mafiosos sempre dão o que falar, tanto em livros quanto nas telonas. É possível que eu tenha visto o filme, mas não me lembre (o título não me é estranho).
    Show de resenha.

    Até!
    https://nsmoraes.com.br/

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