[RESENHA] Artemis Fowl: O Menino Prodígio do Crime [Livro #1]
Olá, leitores!
Páginas: 286 | Autor: Eoin Colfer | Editora: Galera Record | Ano: 2020 | Gênero: Fantasia, Ficção Científica, Infanto-Juvenil | Tradução: Alves Calado | Classificação indicativa: livre
Fiquei curiosa sobre essa história por ter visto, em algum lugar, que havia um filme baseado neste livro. O que eu não sabia, era que esse é apenas o primeiro livro de uma série protagonizada por Artemis Fowl. A série contém oito volumes, e mais dois livros extras (um de arquivo, outro sendo uma graphic novel). Todos eles foram lançados pela editora Record, e agora este primeiro volume está sendo relançado pelo selo da Galera com uma nova arte de capa.
Artemis Fowl é apenas um garoto de doze anos mas também é o vilão da própria história. Ele pode ser melhor classificado como um anti-herói, por ter uma índole questionável e não ser como vilões totalmente maldosos. O personagem tem uma ambição nata, provavelmente herdada de seus antepassados: os Fowls. Sendo uma família rica, toda essa riqueza foi adquirida por meio de negócios a margem da lei, tendo bastante destaque por esses empreendimentos.
Em geral Artemis causava esse efeito nas pessoas. Um adolescente pálido falando com autoridade e o vocabulário de um adulto poderoso.
O livro é irlandês, sendo destinado ao público juvenil, com uma ótima premissa, o que diferencia das leituras convencionais onde o herói é totalmente bom. Artemis passa uma imagem autoritária, mesmo tendo apenas doze anos. No início compreendemos que ele está no "comando" dos empreendimentos da família devido ao desaparecimento de seu pai e também pela impotência da mãe devido a situação de seu marido.
Para conseguir realizar seu mais novo plano, ele precisará mexer com algo mais inusitado: o Povo das Fadas. Sendo algo fora do comum em livros de ficção científica, foi uma surpresa me deparar personagens de fantasia. As fadas tem um papel riquíssimo na obra e são bem desenvolvidas conforme a história avança.
Para começar, a fada Holly, é uma das mais presentes na história. Ela trabalha como uma agente especial ao que é equivalente para nós com uma polícia especializada em casos específicos. Ela é uma Leprechaun, algo que me encantou ainda mais por trazer uma parte do folclore da Irlanda para o leitor. Nas participações de Holly e outras fadas, pude notar que com a evolução da história, eles também terão papéis relevantes em outros livros.
As Fadas mostram o subterrâneo como seu lar, explicando o motivo para não conviver com humanos. É interessante lermos seus pontos de vista, porque sempre há algo importante a aprender, e constantemente há críticas destinadas à humanidade. Como um povo subterrâneo, é de se imaginar que eles seriam mais mágicos que qualquer outra coisa, mas as Fadas não ficam para trás quando o assunto é tecnologia, tendo um conhecimento superior ao do ser humano, e ainda mesclando seus dons mágicos a favor dos aparatos tecnológicos.
Artemis Fowl. Isso tudo foi ideia dele. Tudo era sempre ideia dele.
Creio que a fantasia e ficção científica ficarão ainda mais entrelaçadas conforme eles ganham mais espaço na trama. Essa junção me impressionou (como já devem ter notado haha), assim como a inteligência de Artemis. Sua perspicácia para mirabolar planos é admirável. Artemis me surpreendeu por usar sua inteligência para abrir novos horizontes, crendo também no Povo das Fadas, em seguida provando seu argumento.
É comum vermos personagens ditos como inteligentes acreditando somente numa realidade existente, mas Artemis foge desse comum em sua procura pelas fadas, quando quase ninguém conhece sobre elas. O personagem também amadurece ao longo desse livro, e podemos notar isso pelas suas escolhas. Seu apego emocional por seu mordomo e parceiro, é uma espécie de amizade que ajuda o protagonista a melhorar mais.
Para uma introdução aos personagens e ao enredo, esse foi um livro que me cativou e me deixou interessada em continuar a ler. Não foi possível escolher um lado durante a leitura, mas às vezes eu torcia bem mais para Artemis, e em outros momentos, também torcia para Holly e seu Povo. A leitura me deixou dividida, bem como me fez gostar dos personagens.
Se eu ganhar, serei um prodígio. Se eu perder, sou louco. É assim que a história é escrita.
A forma de narração é em terceira pessoa, com capítulos mais longos, e o narrador conta a história como se fosse uma transcrição de arquivo detalhando as atitudes de Artemis. No final, o epílogo me deixou com uma pulga atrás da orelha sobre por que ele estaria transcrevendo aquilo tudo e o motivo dele não tratar de Artemis com adjetivos melhores, mas isso serviu para eu ficar cheia de suposições.
Artemis se mostra um ótimo protagonista, atraindo seus leitores para dentro de sua mente prodigiosa e ambiciosa. Espero mesmo continuar esses livros. Este primeiro volume tem uma história que termina com um final fechado, mas também deixa vários ganchos para outros livros. Acredito que as próximas obras serão sobre outras aventuras do personagem, colocando seus planos em ação.
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Oi!
ResponderExcluirDe cara (pela sua resenha) o Artemis me lembrou o Number Five de Umbrella Academy. Adoro aquele personagem...rsrsrs. É muito engraçado, mas impactante ao mesmo tempo. Acho que posso gostar desse livro. Vou dar uma olhada nele.
Até!
https://nsmoraes.com.br/
Nunca assisti a série, mas parece bem parecido mesmo hahah.
ExcluirOi, Leyanne. Tudo bem? Eu li este livro e gostei bastante da leitura. Que bom que gostou da leitura desta obra. As fotos ficaram maravilhosas. Feliz Natal! Abraço.
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Mais uma pessoa que se agradou também <3. Boas festas!
ExcluirOi Leyanne,
ResponderExcluirGosto quando o protagonista é um anti-herói, quando tem essa 'contradição' no personagem.
Não seria o tipo de livro eu leria, confesso, mas até que fiquei animada por essa pegada.
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Fico feliz por também gostar por esse tipo de personagem, é um dos meus favoritos haha.
ExcluirQuando vi o título da tua resenha, corri logo para ler sua opinião sobre uma das minhas séries favoritas. Eu li depois de grande, mas ainda me foi uma experiência maravilhosa, pelo mesmo motivo que você gostou, traços do folclore irlandês, e não fica aquele lenga lenga de adolescente... rs Estou pensando seriamente em reler esses livros ano que vem, tomara que consiga. ^^ Ansiosa agora para saber o que você vai achar dos volumes seguintes. ^^
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Fico tão feliz por você ter gostado. Isso me deixa mais animada para ler os próximos.
ExcluirOi! Há anos este livro figura entre aqueles que quero ler, mas até hoje não consegui conferir a história. Eu até fiquei com vontade de conferir o filme antes de ler, mas acho que ler é sempre melhor e vou tentar incluir na meta de 2021.
ResponderExcluirBjos!! Cida
Moonlight Books
Não vi coisas boas sobre o filme, por isso não me animei para ver. Mas espero que goste da leitura.
ExcluirOi Leyanne, tudo bem?
ResponderExcluirSó conhecia o filme também, ao qual não assisti. Mas gostei de saber que livros irlandeses tem essa pegada diferente. É bacana ver anti-heróis como protagonistas, foge do óbvio.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
É muito legal personagens assim e sempre gosto de conferir. Bjs.
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