[RESENHA] Verdades Além do Túmulo
Olá, leitores!
Páginas: 224 | Autora: Caitlin Doughty | Editora: DarksideBooks | Gênero: Não-Ficção, Humor | Ano: 2020 | Tradução: Regiane Winarski | Classificação indicativa: livre
Caitlin Doughty se tornou uma autora querida para mim. Seu primeiro livro foi a primeira biografia que li e, justamente pelo assunto ter sido incomum acabei adorando a leitura. A autora é uma agente funerária, também autora dos livros Confissões do Crematório e Para Toda Eternidade, ambos publicanos no Brasil pela DarksideBooks.
As edições de seus livros sempre são impecáveis e dessa vez não foi diferente. O livro carrega uma morbidez pela edição e pelo conteúdo, mas não de uma forma ruim. De certa forma, Caitlin nasceu para falar de assuntos sérios sem que o tema se torne sombrio. Em Verdades Além do Túmulo, a autora trás mais uma vez um tema mórbido, de forma acessível, para seus leitores.
Fora reunidos algumas perguntas feitas por crianças com alguma dúvida sobre a morte em geral. Pode parecer um pouco radical perguntar a alguma criança o que ela espera da morte, mas descobri, nessa leitura, que eles tem perguntas bem excêntricas que despertou também a minha curiosidade.
Não podemos fazer a morte ficar divertida, mas podemos fazer o aprendizado sobre ela ser divertido. A morte é ciência e história, arte e literatura. Faz pontes entre todas as culturas e une toda a humanidade.
As respostas para essas questões são dadas por Caitlin, com base no seu conhecimento como agente funerária, enquanto outras informações possuem dados científicos citados pela autora. Os capítulos são curtos, totalizando trinta e sete perguntas divididas em 224 páginas. É um livro curtinho e rápido de ser lido. As informações apresentadas para cada questão são discorridas de maneira simples, sempre com humor e comparações que ficam acessíveis para o leitor.
Quem já é acostumado com a escrita da autora, vai continuar adorando seu humor corriqueiro pelas páginas. Ela brinca com o assunto, e deixa a obra mais leve a ser absorvida. Não é fácil falar de morte, esse continua sendo um tema delicado, principalmente para quem passa por perdas. Por isso aprecio que as obras da Caitlin sempre me arranque sorrisos e tragam leveza.
Aqui, iremos encontrar um compilado de perguntas que acredito que todos um dia se perguntaram sobre alguma delas. Aproveitando para tirar essas dúvidas de seus leitores, a autora também desmitifica algumas informações a respeito do assunto. O livro é ideal para quem tem curiosidade sobre o assunto e também procura algo mais leve para ler.
A morbidez da obra é apenas por conta do assunto. Prometo que a escrita e a forma de conversa da autora, compensam o tema ter um cunho pesado. Com um aprendizado enorme sobre luto, aceitação da morte e curiosidades, é impossível não ficar envolvido com a leitura.
Também é interessante que o livro seja lido por pais de crianças que tenham passado recentemente por uma perda. Essa leitura pode ajudar a entender algumas perguntas estranhas que a criança pode fazer nesse processo. No final do livro, há uma conversa com uma profissional, explicando um pouco do luto infantil, entre outros assuntos sobre a morte que pode despertar o interesse na criança. Achei bem acessível e importante ser discutido, já que pouco sabemos sobre o assunto a não ser quando algo de ruim acontece.
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Eu já tinha visto uma resenha sobre o primeiro livro da autora, mas não fazia ideia que ela era agente funerária... rs Com relação a como esse livro saiu, eu não duvido da coragem de crianças para perguntarem essas coisas; a gente que cresce e fica cheia de dedos para comentar, algo que elas não tem medo algum em perguntar.
ResponderExcluirAmei a edição desse livro e que bom que ela leva o assunto com certo humor, é até bom para quebrar um pouco o peso do tema.
Bjks!
Mundinho da Hanna
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Oi, Leyanne. Como vai? Que edição linda, não é mesmo! Fiquei com enorme vontade de lê-lo. Ótima resenha. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com
Oi Leyanne,
ResponderExcluirQue diferente, não sabia que ela era agente funerária e achei muito criativo perguntar a crianças sobre a morte. Como você falou, o tom mórbido é mais para o tema, mas é importante desmistificar, conversar sobre. Gostei da dica!
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/