[RESENHA] E Se Fosse A Gente?

Olá, leitores!

Páginas: 352 | Autores: Becky Albertalli e Adam Silvera | Editora: Intrínseca | Ano: 2020 | Gênero: Romance, Young Adult | Tradução: Viviane Diniz | Classificação indicativa: +14

Esse livro esteve na minha lista de leituras por quase dois anos antes que eu finalmente o lesse. Gosto de guardar livros que sei que vou gostar para um momento em que eu esteja precisando de uma leitura assim. Eu tinha em mente que essa obra seria mais adulta, porém não li muita coisa sobre a história  antes de começar. Na verdade, o livro se trata de uma ficção juvenil com personagens adolescentes vivendo um romance.

O livro é leve e com certeza encheu meu coração de alegria durante as páginas. Acabei devorando em dois dias e cogitei deixar de dormir para passar a noite lendo, assim como fazemos com algumas leituras que nos conquistam. O livro tem a narração intercalada entre Arthur, que está passando seu verão em Nova York; e Ben, que mora em Nova York e acabou de passar por um término.

Arthur e Ben se encontram por acaso em uma agência dos correios e acabam perdendo contato a partir daí. Toda a situação parece irreal. Arthur se vê totalmente encantado com Ben e um possível romance, enquanto Ben estava no correio para despachar uma caixa cheia de presentes do seu ex, mas também acaba atraído por Arthur.

As primeiras páginas do livro são como uma busca desenfreada dos dois para tentar se encontrarem novamente. O esforço deles é tão grande que eu também estava empenhada em tirar os olhos da leitura só quando esse encontro acontecesse. Acabei ficando empolgada desde o início, e realmente torci para que esse esforço não fosse em vão.

É estranho como, seis dias atrás, conheci o Arthur em uma agência dos correios e o universo estendeu os braços para nos juntar.

O modo de como tudo aconteceu pareceu tão precioso para jogar fora, por isso apreciei a persistência dos personagens. O livro então acompanha-os, até que as coisas evoluam. Se tem uma coisa que aprendi com esse romance, foi que eles são obstinados em fazerem dar certo. Consequentemente, a leitura simplesmente passou voando para mim.

Acho que fiquei tão conectada, que todas as frustrações e conquistas, foram tão sentidas por mim, quanto para os personagens. A escrita é rápida e totalmente deliciosa. Juntamente com isso, há uma constante urgência sobre o que acontecerá quando o verão acabar e Arthur for embora. Em certos momentos, notei uma pequena semelhança com Me Chame Pelo Seu Nome, e em quão alerta ficava ao lembrar desse possível acontecimento.

Um dos aspectos que tornam o romance ainda mais envolvente, é a amizade que Arthur e Ben constroem e, por sua vez, a conexão que criam. Mesmo que eles tenham uma ligação inicial, entender um ao outro é ainda mais importante para que o relacionamento seja real.

Das referências citadas na obra, uma se destaca por ser constantemente falada por Arthur. Ele é apaixonado por musicais e "Only Us", do musical da Broadway "Dear Evan Hansen", é um de seus favoritos, e ainda trás um significado que abrange toda a trama. O livro é dividido por partes e essas divisões trazem trechos da música, assim como o título do livro. É uma boa referência que faz um maior sentido quando chegamos ao final e os trechos se encaixam no contexto da história.

O livro me fez rir, me epolgar e ficar desolada em alguns momentos. Eu imaginava que ele iria me abalar, mas não tanto. Talvez por isso o desfecho tenha me afetado. Durante a leitura, o desenvolvimento do romance entrega ao leitor uma certa expectativa do que esperar quando chegar ao final, e essa expectativa me deixou despreparada para o que encontrei.

Mesmo que o final tenha sido um baque que eu não estava esperando, o livro foi uma experiência maravilhosa e uma lição sobre recomeços e segundas chances. Os personagens secundários presentes são ótimos em aliviar a tensão que algumas cenas trazem, assim como todas as referências sobre Nova York fazem o leitor viajar.

ADQUIRA SEU EXEMPLAR NA AMAZON: