[RESENHA] Invasores de Corpos
Olá, leitores!
Páginas: 224 | Autores: Jack Finney | Editora: DarksideBooks | Ano: 2020 | Gênero: Terror, Ficção | Tradução: Camila Fernandes | Classificação indicativa: +14
Tenho gostado bastante de ler obras clássicas do terror, principalmente porque elas costumam ter uma narrativa mais ágil e também são mais curtas, o que resulta em uma leitura bem rápida e, na maioria das vezes, agradável. Ao menos para mim.
Não me lembro se comentei aqui ou no meu instagram (@paragrafocult) que o terror no geral, apesar de ser o meu gênero favorito, já não me assusta. Acho que isso se deve ao fato de que leio muito o gênero desde nova e me acostumei. Porém poucas coisas conseguem "me incomodar" ou assustar durante um livro do gênero e essas coisas são: gore e aliens. A razão disso até hoje me é desconhecida, acho que esse último se deve mais ao fato de eu acreditar que não estamos sozinhos nesse universo e etc.
A mente humana é uma coisa estranha e maravilhosa...
Na obra, aliens de um lugar bem distante estão à procura de um planeta onde possam encontrar seres vivos para se reproduzir. Seres esses que são substituídos por outros idênticos, porém apenas na aparência.
Miles é um médico cético que vive uma vida pacata e comum, mas isso começa a mudar no dia em que uma antiga amiga pede a sua ajuda. Seu tio já não parece mais o mesmo, apesar de continuar aparentemente idêntico a quem era, como se algo o houvesse possuído, vivendo como ele em seu lugar. Por conta do ceticismo de Miles, ele não acredita, claro.
Com o passar dos dias, outros casos similares de pessoas acreditando que os seus familiares foram substituídos continuaram a acontecer. Apesar de primeiramente acreditar que tudo não se passa de um delírio coletivo entre as pessoas que em breve seria esquecido, coisas estranhas começam a acontecer o fazendo se questionar se aquilo tudo era realmente verdade, já que alguns casos envolviam pessoas próximas a ele. Os relatos passam a ser muito mais levados a sério quando surge um corpo na história que apesar de ser humano, não contém traços além da aparência exterior.
Você parece chocado, até enojado, mas o que a raça humana fez além de se espalhar por este planeta até ocupar ele com dois bilhões de pessoas? O que vocês fizeram com este continente, senão se expandir até preencher ele todo? E onde estão os búfalos que vagavam por esta terra antes de vocês? Mortos. Onde está o pombo-passageiro, que antes escurecia o céu da América em revoadas de bilhões? O último morreu num zoológico da Filadélfia em 1914. Doutor, a função da vida é viver se puder, e nada deve interferir nisso. Não existe maldade envolvida: você odeia os búfalos: Devemos continuar porque devemos; não consegue entende?" Ele sorriu amigavelmente. "É a natureza da fera.
Consegui, ao longo de toda a leitura, sentir o motivo dessa obra ser um clássico do terror tão conhecido e adaptado para o cinema. A aura do livro é pessimista, o protagonista é carismático e ao mesmo tempo humano e o livro tem um toque de scifi com a história bem redondinha, com questionamentos profundos e que algumas vezes nos fazem pensar, como leitor, se aquilo é realmente real.
O desfecho da obra talvez não agrade a todos os leitores mas o próprio narrador já avisa: "Fica o aviso: isso que você está começando a ler agora está cheio de pontas soltas e perguntas sem respostas. A história não é do tipo de final bem amarradinho, com todas as questões resolvidas e explicações satisfatórias. Pelo menos, não de minha parte." Porém a mim a história no geral agradou muito, ainda mais porque tenho gostado de livros de horror/terror com um toque de scifi, como o recente "O Enigma de Outro Mundo" que li há algumas semanas.
.Há muito mais que não sabemos...
Olá, Larissa.
ResponderExcluirEu já nem me lembro mais da ultima vez que li um livro de terror hehe. Lia muito quando era adolescente porque geralmente eu dividia os livros com meu sobrinho que gosta muito do gênero, mas hoje em dia raramente leio algum. Mas tenho que falar dessa capa que está um arraso.
Prefácio
Olá,
ResponderExcluirEu fiz uma anotação de vários clássicos pra ler, mas estou o verdadeiro flop. Esse me deixou interessada, eu não gosto de nada envolvendo aliens, mas impossível não ficar curiosa com esse lance da família dele. E, assim... já foi adaptado? Pq acho que tem uma série que a Rede Brasil passa... é bem antiga.
até mais,
Canto Cultzíneo
Oi, Larissa. Como vai? Me parece uma obra maravilhosa, não é mesmo? Que bom que gostou. Ótima resenha. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Oi Larissa,
ResponderExcluirPessoalmente, não li muito para pontas soltas se ela condizem com a proposta do livro.
Meu problema aqui seria mais o terror clássico, algo que não estou acostumada, mas como sua resenha foi empolgada, fico até curiosa!
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Falar de algum livro da Dark sem elogiar o trabalho de diagramação, capa, tudo, é chover no molhado rs
ResponderExcluirEu aprendi a amar terror tem pouco tempo, pois era a medrosa em tudo.
Por isso, o gostinho do medo ainda mora em mim e acho que é isso que torna tudo mais excitante.
Com certeza, mesmo com o final meio coisado, quero muito ler!!!
Beijo
Angela Cunha/O Vazio na flor
Oi Larissa, tudo bem? É um clássico que eu preciso ainda ler, mas acho bacana o alerta sobre o final porque assim já vamos preparados!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi Larissa,
ResponderExcluirA capa e edição estão perfeitas, dá vontade de ter o livro só por conta disso.
Mas confesso que dessa vez a trama não me chamou atenção a ponto de ler.
Fica para uma próxima.
Bjs
https://diariodoslivrosblog.blogspot.com/
Eu já não curto muito ler os clássicos por achar que são mais arrastados, mas acho que nunca li um clássico de terror oficialmente... Deve ser por isso... rs Farei o teste algum dia. Com relação a esse livro, eu já gostei pelo aviso que o próprio narrador nos dá, tipo, não crie expectativas! Amei! kkk
ResponderExcluirE, apesar de ser classificado como terror, eu colocaria mais em scifi, já que se fala de aliens... Eu vi uma adaptação desse estilo num episódio de Os mistérios do detetive Murdoch e até gostei... =)
Bjks!
Mundinho da Hanna
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