[RESENHA] O Homem que Morreu Duas Vezes [livro #2]

Olá, leitores!

Páginas: 400 | Autor: Richard Osman | Editora: Intrínseca | Ano: 2021 | Gênero: Ficção policial, Mistério | Tradução: Jaime Biaggio | Classificação indicativa: +14

Esta resenha NÃO possui spoilers do livro anterior.

Em mais uma aventura do Clube do Crime das Quintas-Feiras, o segundo volume da série se torna ainda mais intrigante por mostrar um pouco mais de uma das melhores personagens dos livros: Elizabeth. Enquanto a personagem se manteve envolta em mistérios no livro anterior, quem está lendo tem grandes chances de sentir vontade de saber mais sobre ela.

É possível também imaginar que o autor pode querer se aprofundar em cada personagem de um modo diferente em cada volume. Aqui, a vida de Elizabeth se torna mais transparente quando um homem de seu passado lhe pede ajuda para que o esconda no retiro de aposentados em que ela mora. O motivo é simples: alguns diamantes sumiram e ele estava próximo deles, sendo um possível suspeito de tê-los pego. Para o serviço secreto que Elizabeth um dia fez parte e que ele ainda trabalha, precisam esclarecer tudo antes que algo horrível aconteça.

A parte importante do passado de Elizabeth é descrita aos poucos, desde sua verdadeira ocupação, até algumas relações que teve quando era mais nova. A mente da personagem é uma das coisas mais incríveis nos livros, o que me fez ansiar por ler cada pensamento seu.

A definição de perigo para os personagens é bem menos alarmante do que para qualquer pessoa, então os cinco integrantes do Clube do crime das quintas-feiras se veem envolvidos na história. Diamantes roubados aparenta ser bem tentador, ainda mais com novas pessoas envolvidas que parecem bem próximas a alguma aventura iminente.

Em contrapartida, algo mais triste acontece em relação aos protagonistas logo no início, mas o fato adquire um aprendizado importante tanto para eles quanto para quem está lendo. Assim, a história tem um pouco mais de urgência, como um sentimento de que sempre há algo para acontecer. Com certeza dá para notar que a vida desses aposentados pode ser uma aventura só e desejar conhecê-los um pouco mais.

Os mesmos personagens que tiveram importância no livro anterior protagonizam essa segunda história, e até mesmo os capítulos que simulam um diário de Joyce continuam. É uma sequência carregada de novas informações, e com uma direção diferente.

A importância dos diamantes é mais imediata, mas outros acontecimentos se atrelam fácil. A sensação de ler a história é como transbordar em sorrisos e momentos instigantes. O mistério do livro é saber onde realmente estão os tais diamantes e é divertido imaginar o que cinco idosos fariam se pusessem as mãos nessas preciosidades.

Outro ponto chave é descobrir quem realmente os roubou e que destino era reservado para eles. A história continua com sua maneira habitual de fazer o leitor relaxar e se sentir intrigado com o mistério. Não tem como terminar o livro sem imaginar qual será a próxima aventura envolvendo esses personagens. Eles possuem algo entre discrepância e ações que fazem toda a diferença. É sem dúvida uma experiência notável ler suas aventuras e torcer para que tenha mais.

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