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[RESENHA] O Jardim Secreto


Olá, leitores!


Páginas: 288 | Autora: Frances Hodgson Burnett | Editora: Darksidebooks | Ano: 2021 | Gênero: literatura infantil | Classificação indicativa: livre


Sempre que encontramos obras que parecem ter algum tipo de magia sobre nós, escolhemos guardá-las no coração com carinho. Ainda não sabia que iria me apaixonar por O Jardim Secreto até finalmente ler essa história. A princípio imaginava que seria uma história boa, mas fui pega de surpresa por como foi fácil se envolver com ela.


O livro foi lançado originalmente em 1911, destinado ao público infantil. A história é sobre Mary, uma garotinha que vivia na Índia, mas que acabou perdendo os pais ainda nova e teve de se mudar para a Inglaterra, lar de um parente distante. Ela é uma garota amarga, criada sem carinho, que acabou conhecendo apenas os cuidados de sua ama e nenhum pouco da diversão de ser criança.


Ao se deparar em um novo lar, Mary tem sentimentos contraditórios sobre as ações de algumas pessoas, até mesmo sobre o tratamento que recebem. O lugar reserva alguns mistérios que ela se vê curiosa para desvendar, como o jardim da antiga senhora da casa, que atualmente está trancado desde que sua cuidadora morreu. O tio de Mary não é uma figura presente, então ao ter bastante tempo para explorar, ela tenta saber mais sobre o jardim.



Mary passa a ter uma criação diferente, com contato com novas pessoas, e uma realidade distinta. Ela emprega seus esforços em suas novas descobertas, e sua curiosidade é instigada como nunca foi. Seus dias de desbravamento sozinha são interrompidos com a adição de dois garotos.


A forma de contato que eles têm é magnífica, assim como o crescimento de uma possível amizade entre eles. Ao se verem empolgados a procurar pelo jardim secreto, o empenho cria novas formas de construírem uma relação sólida entre si. Mesmo essa sendo uma história com mais de um século, a facilidade com que me envolvi com os personagens foi tão rápida que me deixou surpresa.


Mary é uma personagem difícil no início, mas é compreensível seu comportamento pela forma como foi criada e por ter tido uma realidade limitada até então. Demora um pouco para se envolver com ela, mas outro sentimento também perdura, o de que a garota está conhecendo pela primeira vez como construir uma relação e a evolução de uma amizade.


Dickon, um dos outros garotos que aparecem mais a frente, é tão encantador que não precisa de muito para sentir vontade de abraçá-lo. Ele tem uma conexão incrível com os animais, e a obra reforça essa relação, também apresentando esse carinho e inocência entre animal e um ser humano sem maldade alguma.



O livro não é composto de uma magia sobrenatural, mas as páginas dão a impressão de serem marcadas pela magia das palavras e companheirismo. As crianças têm uma evolução fenomenal, ações puras, e curiosidade incitada pela inocência da idade.


A obra me deu sentimentos maravilhosos, mas contrasta com suas passagens problemáticas. Apesar de ter adorado o sentido da história e a transformação dos personagens, o livro tem termos racistas, mais frequentes na época, sendo naturalmente empregados durante a leitura. A obra é antiga, mas considerando que foram um pouco mais de cem anos atrás, no fim não foi tanto tempo assim para que a discriminação fosse tão aceita, portanto dói ler como termos do tipo eram facilmente considerados.


A leitura rende bons momentos, e outros de reflexão tanto sobre a natureza da época quanto sobre a mensagem apresentada. É uma história fácil de se envolver, e super rápida. Uma das leituras com personagens mais extraordinários que já conheci.


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8 comentários:

  1. Olá,
    Lembro quando era criança, minhas primas eram obcecadas pela adaptação mais véinha que passava na TV Essa é uma história que eu gostaria de revisitar em leitura. Linda edição.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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  2. Oi, Leyanne. Como vai? Me parece uma leitura encantadora, não é mesmo? Que bom que gostou. Adorei as fotos, aliás suas fotos sempre ficam excelentes. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  3. Oi Leyanne, tudo bom?
    Eu li outra edição de 'O Jardim Secreto' e gostei bastante.
    É uma história que conversa muito com a minha 'eu criança', porque meu contato com essa história foi bem cedo, então é uma nostalgia tão boa!
    beeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  4. Olá, Leyanne.
    Esse livro é um dos meus queridinhos. Li ele no ano passado e me apaixonei. Minha edição é da Autêntica e acho ela maravilhosa, mas essa também é perfeita.

    Prefácio

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  5. Oie Ley!!

    Eu gostava muito de assistir o filme quando era criança mas nunca peguei a obra, também não sabia que tinha tantos termos racistas e é bacana que a gente consegue olhar com outros olhos e não simplesmente aceitar e ver que aquilo está errado, né?

    Beijos!
    Pâm
    Blog Interrupted Dreamer

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  6. Oi Ley! Eu conheci a história pelo filme e ano passado li o livro. Eu amei em ambas as versões. Essa edição que você leu é muito linda, como não tenho ainda o livro físico, quero ver se adquiro esta.
    Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  7. Oi
    eu tenho esse livro, mas ainda não li, mas gosto do filme antigo.
    Pretendo ler esse ano.

    https://momentocrivelli.blogspot.com/

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  8. O ruim de ler livros mais antigos é isso. Alguns termos que hoje nos são ofensivos/racistas, na época eram colocados normalmente nos livros, pois era "normal". Eu me incomodo um bocado também com isso, mas não temos muito o que fazer, já que o livro é um clássico... =/ Que bom que, apesar dos pesares, a história te foi uma boa experiência. A edição está realmente lindíssima. =)
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
    Pinterest | Instagram | Skoob

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