3 motivos para ler A Dama e a Criatura
Olá, leitores!
Páginas: 368 | Autora: Mallory O'Meara | Editora: DarksideBooks | Gênero: Não-Ficção | Tradução: Rebeca Puig | Classificação indicativa: livre
Sou apaixonadíssima pelas criaturas do cinema e dos livros antigos. Elas habitam o meu imaginário e o meu coração desde novinha. Algumas das que mais gosto foram criadas por mulheres incríveis que por muito tempo não receberam o crédito por suas criações. Mary Shelley e sua Criatura do livro Frankenstein é um belo exemplo disso, já que ela começou a escrever o romance quando tinha apenas 18 anos e que quando foi publicado, foi feito de forma anônima mas com o prefácio escrito por seu marido, que por conta disso, por muito tempo foi tido como o autor da obra que até hoje é para muitos, considerada a primeira obra de ficção científica.
Até hoje, muitas mulheres acabam não recebendo os créditos por suas descobertas e seus talentos, sendo vistas de forma superficial em uma sociedade patriarcal, algo que era ainda mais forte no passado. Por conta disso, amei saber mais sobre a mulher por trás de uma das criaturas mais famosas do cinema antigo e que muitos não conheciam. Trago então, 3 motivos para ler e conhecer mais dessa mulher incrível:
A CRIADORA DA CRIATURA
Milicent Patrick foi a mulher responsável pelo design e criação de uma das figuras mais icônicas do cinema em preto e branco, o Monstro da Lagoa Negra, com o seu visual bizarro que inspirou vários artistas como Guillermo Del Toro em seu incrível filme ganhador de quatro Oscars chamado A Forma da Água. Infelizmente poucos conhecem a responsável pela criação da figura tão icônica para os fãs do horror cinematográfico clássico, já que muito foi feito para que ela não levasse os créditos por sua criação, tanto que seu nome nem ao menos apareceu nos créditos do filme.
MUITO ALÉM DA "LAGOA NEGRA"
Ela não foi responsável apenas pelo design do Monstro da Lagoa Negra. Além de ser designer, também era maquiadora, atriz, entre muitas outras coisas, sendo também considerada a primeira animadora mulher da Disney lá em meados dos anos 40, tendo feito parte da animação do demônio Chernabog da animação Fantasia. Participou da criação de outros monstros como o alienígena do filme A ameaça veio do espaço (1953), a máscara bizarra do Mr. Hyde em Abbott and Costello meet Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1953), a criatura em Guerra entre Planetas (1955) entre outros filmes onde, como os citados, seu nome nem ao menos é citado nos créditos.
OBSTÁCULOS
Como a sua família não apoiava a sua carreira, foi deixada por si mesma para seguir o caminho que desejava sem nenhum apoio, algo que ela fez decididamente. Mas isso não foi tudo, já que precisou "sobreviver" em uma indústria cinematográfica misógina e conservadora que não apoiava em nada as mulheres, ainda mais as que roubavam os holofotes para si devido ao grande talento, como foi o caso de Milicent, que foi mandada embora do departamento de maquiagem do filme Monstro da Lagoa Negra por ciúmes, inveja e, claro, machismo do chefe do departamento de maquiagens, George Hamilton Westmore, o que contribuiu para que a carreira de Milicent não fosse tão longa na área.
É triste quando percebemos que infelizmente muito do que Milicent Patrick passou ainda ocorre nos dias de hoje mesmo que muitos anos tenham passado. O nome de uma artista tão incrível foi praticamente apagado por puro ego de homens da indústria que não sabiam lidar com o talento dela, que infelizmente faleceu no ano de 1998. Gostei muito do livro e achei uma obra bem enriquecedora, ainda mais para quem gosta de saber mais sobre mulheres incríveis. É uma biografia que intercala com alguns causos da vida da autora que foi atrás de tudo o que pôde para incluir na obra.
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Olá, Larissa.
ResponderExcluirEu sou uma das que não sabia. Se até hoje esse tipo de coisa acontece, imagine naquela época então. Por isso temos que reconhecer o valor da Agatha Christie e da Jane Austen por exemplo, imagino o que tiveram que passar para serem reconhecidas. E tem gente que não entende.
Prefácio
Nossa, adorei saber disso. Infelizmente até hoje coisas do tipo acontecem. Precisamos exaltar e valorizar os feitos umas das outras.
ResponderExcluirAmei a postagem. Não conhecia o livro e espero ter a oportunidade ler!
beijos
https://duquesaazarada.blogspot.com
Oi Larissa, tudo bom?
ResponderExcluirNão tenho o costume de ler 'não ficção', então nem conhecia a obra, mas achei interessante.
Assisti ao filme da Mary Shelley e fiquei chocada por saber o que a autora viveu por trás de sua obra. E é mesmo triste ver que ainda acontece.
beeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Olá,
ResponderExcluirEu amo A Forma da Água, tão nindo.
Fiquei curiosa com o livro, a edição tá linda. Que triste a história da Millicent, e triste mais ainda que acontecia com muitas.
até mais,
Canto Cultzíneo
Caramba, eu não sabia dessa história. Fiquei triste, embora não chocada, infelizmente. Exatamente como você disse, é um fato ainda recorrente nos dias de hoje mulheres serem desmotivadas e desacreditadas por serem mulheres, o que leva a encerrar a carreira mais cedo, por pressão machista. Esse livro é uma verdadeira e merecida homenagem à artista, que será sempre lembrada por sua obra. Bjks!
ResponderExcluirMundinho da Hanna
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