4 motivos para ler Madame Tussaud

Olá, leitores!

 

Sempre fui fascinada pelas maravilhosas (ao menos em sua maioria) estátuas de cera famosa Madame Tussaud. Extremamente bem detalhadas e em muitos casos, assustadoramente reais, essa riqueza de detalhes tornou tais obras de arte famosas no mundo inteiro ao recriar fielmente figuras famosas da história e da mídia. Apesar disso tudo, não conhecia muito sobre a mulher por trás da alcunha de Madame Tussaud. Por não saber praticamente nada sobre ela, o livro me surpreendeu bastante ao mostrar através de uma narrativa que mistura fatos históricos e ficção, mais sobre quem era Marie e como tudo começou.

Trouxe então, alguns motivos para ler a obra de Edward Carey pela DarksideBooks, "Madame Tussaud: a pequena colecionadora de corpos".

NARRATIVA

A obra é narrada em primeira pessoa pela protagonista. Achei a escolha bem interessante já que antes de dar início a leitura, esperava uma obra mais documental. Ter toda a história narrada, desde seus primórdios em primeira pessoa, causa uma sensação de intimidade com Anne Marie Grosholtz, a Madame Tussaud. Tenho amado livros que me mostram um novo lado de mulheres importantes que mereciam um reconhecimento ainda maior do que os que têm nos dias de hoje, e esse livro se tornou mais um na lista porém de todos, é o que tem a narrativa mais fluida e agradável.

O INÍCIO DE TUDO

Marie se tornou órfã de pai quando ainda era bem jovem e por isso, acabou tendo que se mudar junto de sua mãe para Berna, na Suíça, e lá trabalharam como empregadas domésticas de um médico chamado Phillippe Curtius, que não era lá um bom exemplo de patrão. O homem, além de médico, era escultor e iniciou sua arte fazendo escultura de modelos anatômicos. Com um passatempo tão peculiar, a pequena Marie de sete anos se tornou sua aprendiz e a arte de Curtius com o tempo foi se tornando mais reconhecida. A forma como a narrativa nos leva junto da pobre garota Anne Marie através dos anos, da sua evolução como artista, as dificuldades e desafios que enfrentou no caminho e a forma como ela se manteve firme e forte para superá-los e gravar o seu nome na história é incrível. Em sua trajetória, ela passou por dolorosas perdas e muitos desafios que só serviram para mantê-la ainda mais forte.

A REVOLUÇÃO FRANCESA

Ambientada na França bem na época da Revolução Francesa, o livro nos leva para uma fase sangrenta e sombria da história, onde cabeças eram decapitadas e muito sangue banhava as ruas. Marie fazia máscaras de cera de executados na guilhotina logo após a morte. A mesma diz que se sentava com as cabeças ensanguentadas, as encarando e estudando a pele, feições e tudo o que fosse necessário para que as esculturas fossem o mais realista possível, afinal, em tal área da arte, para se conseguir um bom resultado era necessário passar por um processo bem mórbido. Inclusive, a própria Marie chegou a fazer uma escultura da famosa Maria Antonietta logo após a morte da famosa rainha guilhotinada.

O AUTOR TRABALHOU NO MUSEU DA MADAME TUSSAUD

Anos antes de lançar a obra, o autor Edward Carey trabalhou no museu da Madame Tussaud em Londres e era responsável por não deixar que os visitantes do local tocassem as estátuas de cera, evitando danos a elas. Essa experiência se reflete no ótimo resultado final do livro que vale demais a leitura.

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Já conheciam a Madame Tussaud e a sua história?

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