[RESENHA] E Se A Gente Tentasse?

Olá, leitores!

Páginas: 368 | Autores: Becky Albertalli e Adam Silvera | Editora: Intrínseca | Ano: 2022 | Gênero: Romance, Young Adult | Tradução: Carlos César da Silva | Classificação indicativa: +14

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E Se Fosse A Gente?

Há algum tempo li E Se Fosse A Gente? e me encantei pelo livro até chegar ao final. De certa forma, eu esperava algo diferente, e talvez tenha sido um capricho, mas fiquei tão abalada com isso, que vibrei quando soube que teria um segundo volume. Também bateu um certo medo de que uma continuação não planejada desde o primeiro não alcançasse minhas expectativas, mas eu tinha que arriscar.

Para ser sincera, eu tinha esperanças de um final feliz. Adam e Becky fizeram uma história incrível no primeiro volume, e tudo o que eu queria era voltar para ela com o coração cheio de esperanças. A continuação tem um início bom, com um encaixe perfeito para engatar na história. Após um tempo do término de Arthur e Ben, eles não mantêm contato, estão longe, mas não conseguiram se esquecer nesse tempo separados. Os relacionamentos que engataram não apagou o sentimento do verão que estavam juntos, e algo ficou suspenso nesse meio tempo.

Pode ter sido uma mãozinha do destino ou não, mas agora Arthur está indo para Nova York para um trabalho que pode ser um impulso para seus sonhos e curiosamente também é onde Ben mora, e onde tudo aconteceu. Eles não se falam, mas com sentimentos mal resolvidos, eu torcia para que acontecesse algum encontro.

Ambos possuem pessoas em suas vidas no momento, e são pessoas maravilhosas. Com essa pontinha de possibilidade, que nem mesmo eles admitem, eu me perguntei se seria uma pessoa ruim demais por estar torcendo por eles mesmo estando com outros, ou se o impasse seria justamente intencional.

De todo modo, Arthur e Ben podem ter uma nova chance de se relacionar, mas existem barreiras que eles precisam passar. Ambos estão tão focados na rejeição do outro que não conseguem enxergar que o sentimento é recíproco e é necessário esclarecimentos sobre o que sentem. É uma situação que senti vontade de gritar pelo sofrimento gratuito, quando seria uma resolução simples de conversa.

Os parceiros dos protagonistas também estão no fogo cruzado, onde sentem que talvez não sejam tão especiais quanto esperam. Tudo no enredo grita sofrimento, mas eu queria e estava disposta a matar a saudade e ver até onde a história iria dar.

A fluidez da leitura ainda continua louvável. A tensão da situação é o que motiva o leitor a continuar, dando um certo medo do que pode acontecer, mas torcendo para que algo ocorra ao mesmo tempo. E os personagens secundários são bem envolventes. Nem lembrava de como havia sentido saudades deles, mas foi um bom reencontro. Sorri na maioria do tempo, e me senti como uma boba nos raros momentos de romance.

Se uma história merecesse uma continuação, seria essa e os autores acertaram em cheio. Adorei voltar a me aventurar com os personagens e foi intenso como eu esperava. Com certeza os personagens deixarão saudades, mas sempre posso voltar para essas páginas. Continuo adorando o primeiro volume pela trajetória dos personagens e essa é uma continuação excelente para reviver e deixar ainda mais saudades.

Agora os livros possuem também uma nova capa, a antiga era bem no estilo dos outros livros da Becky, mas prefiro as novas, porque elas parecem mais a cara dos personagens e podemos visualizá-los melhor. Ganhei uma sobrecapa para o primeiro livro (minha versão é a antiga, a larajinha) quando recebi o segundo livro de cortesia da editora. Agora tenho ambos combinando, um sonho de leitora realizado.

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