[RESENHA] A Sociedade de Atlas [livro #1]

Olá, leitores!

Páginas: 448 | Autora: Olivie Blake | Editora: Intrínseca | Ano: 2022 | Gênero: Fantasia, Young Adult | Tradução: Karine Ribeiro | Classificação indicativa: +16

A Sociedade de Atlas é um livro que me deixou animada para ler pelo hype. Fiz questão de não saber muito da história para não desanimar, mas acontece que a leitura não foi como eu esperava. A história tem componentes interessantes. Uma sociedade secreta, pessoas com habilidades incríveis, uma biblioteca com valores inestimáveis, isso me anima na hora. O primeiro contato com os personagens e todos esses itens foram aos poucos. Aqui há seis protagonistas, todos tem personalidades diferentes, e demora um pouco para que conheçamos mais da história porque primeiro iremos ser apresentados a eles.

Cada um possui uma linha de narrativa, e nelas são chamados para fazer parte de uma sociedade. Os integrantes são escolhidos entre os melhores de suas habilidades, e muitos deles são únicos. A variedade é enorme, e funciona de maneira inteligente. Alguns deles exercem controle sobre a ciência da natureza, outros são capazes de influenciar seres humanos. O interessante é que os medeianos, como são chamados aqueles com habilidades mágicas, são conhecidos por seus poderes, e convivem com os humanos. Há uma certa distinção entre eles, com medeianos tendo suas empresas etc, mas basicamente todo mundo sabe de sua existência.

Contudo, a sociedade para a qual os protagonistas são chamados é altamente secreta, mas nem tudo é tão incrível. Apenas cinco deles irão ficar para valer. O processo de eliminação é desconhecido e após se conhecerem e finalmente estarem juntos, eles irão viver por um tempo estudando para a escolha final. A seleção e o motivo de estarem lá, por seus poderes, para mim foi a parte compreensível. A partir do momento em que foram colocados no lugar em questão, começa a ficar nebuloso.

As tarefas são vagas, e o único foco realmente claro na situação, é que Atlas, quem os apresentou à sociedade, quer que eles interajam entre si e saibam como trabalhar juntos relacionando seus poderes. De resto, não entendi muita coisa. Comecei a ficar animada com a sociedade quando vislumbrei um pouco de ação, mas logo o desânimo veio.

A grande questão do livro é a relação entre os personagens. E embora isso seja interessante, pessoas com poderes diferentes trabalhando juntas e explorando conhecimento, eles na verdade ficam se desentendendo a maior parte do tempo, com jogos de poder entre si, e alguns deles com atitudes infantis. Sinceramente, se você é chamado para algo incrível por quem você é, você explora isso e tenta procurar respostas, mesmo que haja uma chance de não ser efetivado. O que acontece aqui é o contrário, e os fazem perder tempo demais nisso.

O livro me colocou em uma espiral de diálogos confusos que pareciam levar a algum esclarecimento profundo, mas demora para chegar lá. No meio tempo, resta uma profusão de idas e vindas dos personagens. Eles ficam em um ambiente fixo, e o que era para ser interessante, para mim não foi. A ação logo acabou, tirando minha vontade de conhecer mais dela.

Entretanto, a intenção da história não deixa de ser boa, e os momentos finais agilizam mais dela. O livro volta a ficar interessante aos poucos, dando novas perguntas para o leitor. Essa era uma história que estava animada, e tiveram pontos que gostei, o que acabou sendo apenas razoável. Apesar de me deixar com novas perguntas, não foi uma história que me deixou ávida pela continuação.

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