[RESENHA] Caraval [livro #1]
Olá, leitores!
Páginas: 352 | Autora: Stephanie Garber | Editora: (livro na edição da Novo Conceito), publicado atualmente pela Gutenberg | Ano: 2017 | Gênero: Fantasia, Young Adult | Tradução: Camila Fernandes | Classificação indicativa: +14
Caraval foi uma leitura que me fez ler desesperadamente em busca de respostas. Adoro esse tipo de livro. A história é linear, mas parece estar indo e voltando sempre pelo tipo de trama que tem. É também uma fantasia juvenil que inegavelmente me fez suspirar pelos personagens.
Scarlett e sua irmã sempre sonharam em presenciar o Caraval, mas nunca tiveram a oportunidade. O evento pode ser muitas coisas: espetáculo, competição, mágico. As meninas nunca conseguiram sair da ilha em que moram e o Caraval nunca chegou até elas. Na situação em que vivem, nas mãos de um pai abusivo, elas querem/queriam a todo custo uma válvula de escape.
Para a protagonista, Scarlett, essa válvula será concedida ao seu iminente casamento arranjado pelo pai com um homem que nunca viu. Mesmo assim, ela espera que a vida nova que a espera seja melhor do que a atual. Enquanto para sua irmã, Donatella, ela pretende sair de outro modo. As irmãs se amam bastante, mas são bem diferentes e tentam proteger uma à outra da melhor maneira que conhecem.
Quando Scarlett recebe um convite para o Caraval depois de anos de espera, não é algo que ela cogite mais, mas para sua irmã, sim. O impasse das duas torna a sentença abrupta e cheia de decisões cruciais, até enfim irem ao Caraval acompanhadas por um marinheiro desconhecido chamado Julian.
A magia do livro começa assim que partem para o evento, mas só percebemos onde, quando nos situamos na história. O tipo de narrativa é viciante, com mistérios em todos os lugares. A narração é em primeira pessoa, pela Scarlett. Ela foi uma personagem com atitudes que eu não esperava. Ela ainda é bastante ingênua, dá para notar que ela foi guardada a maior parte da vida e não sabe bem como reagir em algumas situações. Mesmo assim, se orienta como pode, mas acaba errando aqui e ali.
As pessoas acham que ninguém vê as coisas horríveis que elas fazem na escuridão. Os atos sujos que cometem, ou as mentiras que contam como parte do jogo. O Caraval acontece à noite porque você gosta de assistir e ver o que as pessoas fazem quando pensam que não haverá consequências.
Scarlett também é determinada. O livro apresenta cenários impossíveis para a protagonista resolver. No fim, o panorama geral é tão nebuloso para o leitor quanto para a protagonista, para saber se o que aparece no Caraval é real ou não. Se também é fruto da magia, é algo que não sabemos. No lugar da personagem, não sei bem como reagiria em sua busca para se orientar no jogo, mas como leitora, achei suas atitudes mais indecisas do que seria recomendável e seu julgamento instável. Mas como disse, é compreensível pela pressão constante que está vivendo.
Sei que fica confuso explicar tanto e não saber quase nada do Caraval, mas essa é a cereja do bolo que o leitor precisa descobrir lendo para ficar tão deslumbrado quanto os personagens, e outros tantos leitores. Como forma de comparação, o livro me lembrou demais o universo de Alice no País das Maravilhas, e a constante confusão de O Mar Sem Estrelas.
Mais uma coisa que me agradou foi a dualidade do personagem secundário Julian. Ele surge como apenas um marinheiro que vai com as meninas para o Caraval, mas depois se torna mais presente na história. Gostei tanto do personagem que quando ele desaparecia, eu ficava ansiosa para chegar logo na parte de seu retorno. Julian é bem diferente da protagonista, e pode ser por isso que gostei mais dele. Ele é misterioso e possui ares de anti-herói, nem tão bom, nem tão mau. Para completar, está sempre com uma boa resposta pronta e possui as melhores reações.
O livro, na verdade, possui traços que já vi em diversas outras histórias, mas gostei mesmo assim. A parte inovadora, de fato, é acerca do Caraval, que carrega surpresas ao longo da narrativa. Ainda que tenha um final com explicações sobre as perguntas mais importantes, o desfecho é atrativo o suficiente para me deixar sedenta pelo próximo. As perguntas que ficaram ainda estão ecoando na minha cabeça e tenho boas expectativas quanto a sequência.
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Oi! Eu gostei bastante desse livro quando eu li e preciso reler para continuar a série. a autora é muito criativa. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
fiquei igualmente admirada com a criatividade dela
ExcluirOi, Leyanne. Tudo bem? Que bom que curtiu a leitura. Parece ser muito bom. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
adoreii
ExcluirOie, tudo bem?
ResponderExcluirLi esse livro quando ainda era publicado pela Novo Conceito (que descanse em paz, rsrs), mas nunca pensei que ia ganhar o hype que está tendo no dias de hj. Realmente, pra quem é curioso vai penas nesse livro, pq tudo pode ou não ser verdade. Ganhei o novo livro da autora Era Uma Vez um Coração Partido e já estou ansiosa para ler.
Até mais!
www.relatosdalih.com.br 💜
sim kkkkkk, inclusive li pela antiga edição. estou curiosa por essa nova duologia
ExcluirFiquei aqui viajando na sua resenha querendo me aventurar nessa história
ResponderExcluirBeijos
www.pimentadeacucar.com
ahh que bom
ExcluirEu preciso começar a ler essa trilogia! Comprei esse livro antes da Novo Conceito desaparecer e se não fosse a editora Gutenberg eu ia acabar tendo que ler em inglês. Por conta dessa indecisão, acabei adiando a leitura, mas agora já com os três na estante e a sua resenha, vou começar o quanto antes.
ResponderExcluirAbraço;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com