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[RESENHA] Reino das Bruxas: Natureza Sombria [livro #2]


Olá, leitores!

Páginas: 384 | Autora: Kerri Maniscalco | Editora: DarksideBooks | Ano: 2023 | Gênero: fantasia, mistério, romance | Tradução: Flávia Souto Maior | Classificação indicativa: +16

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Reino da Bruxas: Natureza Sombria é o segundo volume de uma trilogia. O primeiro volume tem uma proposta boa enquanto promete um intrigante mistério, em uma fantasia histórica envolvendo bruxas e príncipes do inferno. Emilia é uma protagonista feroz que busca o assassino da sua irmã. Na procura, ela invoca o príncipe Ira, que ainda está com ela neste segundo volume.

Na trama, Emilia está oficialmente no Reino dos Perversos e seu guia é Ira. Ela ainda sente raiva pelas últimas ações de Ira, mas tem seus próprios planos para pôr em prática. Diferentemente do livro anterior, em que o cenário era Palermo na Itália, aqui seremos conduzidos para o que é considerado o inferno. Cada príncipe tem seu próprio lugar designado e alguns deles já haviam aparecido.

Teremos visão, principalmente, do reino de Ira, que é onde Emilia fica por boa parte da história. É interessante conhecer como a política e intrigas dos irmãos funcionam, incluindo como os súditos se comportam. Também há maior influência de cada pecado, então Emilia é levada por alguns deles em dados momentos. Como a personagem vai se adaptar a esse novo cenário é uma questão que o livro levanta a fundo. Ela também precisa se preparar para o que está por vir. Embora esteja sendo conduzida por Ira e tenha contato com ele, ela está noiva de Soberba, e espera ser a próxima Rainha dos Perversos.

Ele era tão proibido quanto o fruto oferecido a Eva, mas, de certo modo, ainda mais tentador.

E claro que para a personagem isso é uma realidade iminente, mas para os leitores, quem está mais próximo é Ira, que também se manteve perto no primeiro livro. Eles têm uma contínua troca de farpas, mas agora com mais história envolvida, traições e sentimentos prontos para entrar em erupção. Era isso que eu queria ver, foi também para isso que o primeiro livro me preparou. Essa foi minha parte preferida da história. Na medida que as interações se tornavam mais frequentes, sentia que a história tinha um limite em que os personagens ficavam cada vez mais próximos de testá-lo. E eu queria ver até onde isso ia.

Para ajudar no possível romance entre eles, é revelado algumas surpresas que contribuem para que o seguimento dessa (relação) interação seja mais crítico. Foi assim que a história deu novos rumos para a protagonista, com perspectivas que ela precisa considerar. E mesmo que novas informações tenham surgido, nem tudo se tornou claro. Alguns mistérios continuam sendo obscuros. A busca incessante da protagonista por respostas sobre sua irmã é brevemente ofuscada pelo romance, mas ainda é um tópico pertinente, e Emilia ainda sofre pelo luto.

Isso liga diretamente com o abismo de detalhes que a personagem não conhece sobre sua magia e sua vida. É frustrante imaginar que você aprendeu sobre magia mas não tudo sobre ela, e pior saber que esconderam muito sobre si mesma, enquanto outros parecem conhecer a sua verdade. As perguntas não partiram somente de Emilia, em dado momento eu já estava tão coberta de questões que fiquei tentando formar teorias.


Todo vilão pensa que é herói. E vice-versa. Na verdade, existe um pouco de vilão e de herói em cada um de nós. Depende das circunstâncias.

O livro tem uma forma muito boa de manter o leitor intrigado, sem resposta alguma, enquanto nubla sua atenção com pequenas doses do que realmente queremos. A escrita da autora ainda é uma das partes que me faz ler em quantidades menores, por achar que ela se perde em alguns detalhes irrelevantes e floreia demais o que quer dizer. Mas nesse livro tive um avanço ótimo, e isso se deu pelo enredo ter me dado o que finalmente queria, mesmo que não completamente.

O cenário é um dos pontos que mais gostei de explorar também, mostrando os domínios de vários irmãos, enquanto me deixou curiosa para conhecer os demais. E quanto ao desfecho, fiquei bem indignada pela forma como acabou. Não de um jeito ruim dependendo de quem olhar. A leitura prepara o leitor para algo gerando bastante expectativa até atingir um pico extremo, e quando isso pode ou não dar certo, o livro promete um resultado que só terá no próximo volume. Imagino quem leu esse livro em sua língua original, bem quando ele lançou. Devem ter ficado curiosos sobre o que aconteceria, tendo apenas a imaginação e nada mais. Por enquanto sinto uma mistura de indignação e desespero porque preciso conferir como termina isso.
 

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4 comentários:

  1. Olá,
    Que capa linda, curti. Ainda não conhecia essa trilogia.
    Curti a premissa, talvez leria pelo mistério do assassinato e esse príncipe aí.
    Espero que nao demore os 3 livros pra solucionar hahaha

    até mais,
    Canto Cultzíneo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. hahaha a cada solução aparece mais mistério, mas espero que o último responda todas as perguntas.

      Excluir
  2. A edição desses livros é um espetáculo, né? Que bom que gostou da leitura e espero que o terceiro volume seja tão bom quanto.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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