Motivos para ler A Ilha Perdida Gullstruck
Olá, leitores!
Meu primeiro contato com a escrita de Francis Hardinge foi com o livro As Crônicas das Sombras, também publicado pela editora DarksideBooks. Como já tinha amado seu livro anterior, fiquei muito ansiosa para ler A Ilha Perdida Gullstruck,. Aqui, encontrei algumas características comuns em sua escrita, assim como uma história totalmente original, cativante, e que utiliza de seus próprios métodos para atingir o objetivo de nos ensinar e fortalecer valores importantes. Decidi trazer alguns motivos para ler, destacando o que mais gostei na história:
UMA NARRATIVA ESTRANHA
O livro é um realismo mágico, que fala sobre uma espécie de projeção astral, em que algumas pessoas nascem com o dom e são chamadas de Perdidos. Existem, na história, várias culturas, povos, linguagens, e isso pode soar estranho, ainda mais com a condução da narrativa, mas é cativante, e dá para entender depois de se familiarizar com a história. O livro continua com uma narrativa estranha até o final, e digo isso porque foge totalmente do que estou acostumada em narrativas de livros infanto-juvenis.
Se você gosta de experimentar novas leituras, que te façam alimentar a imaginação, e seguir por caminhos diferentes, essa aqui é uma boa escolha.
AVENTURA
A autora sabe como escrever uma boa história, e confirma isso ao nos apresentar a aventura presente neste livro. A protagonista passa por vários lugares, e assim conhece várias histórias, vivências, entre outras culturas. Muita coisa parece irreal, porque soam como algo totalmente fora da nossa realidade. Contudo, estamos lidando com um livro com leis naturais diferentes, uma própria mitologia, crenças que instigam a curiosidade, e sobrenatural. Com isso, junto com as viagens que a protagonista faz e as pessoas que ela conhece, transformam a obra em um ótimo livro de aventura.
PROTAGONISTA INFANTIL DETERMINADA
Hathin é um protagonista infantil, que carrega uma responsabilidade muito importante, cuidando de sua irmã, que é uma Perdida. Ela adquiriu esse trabalho ainda criança, e sua irmã é um pouco mais velha que ela. No meio dos acontecimentos, sua irmã é ameaçada, assim como todos que ela conhece, então Hathin adquire a responsabilidade de tentar reorganizar as coisas e conseguir respostas do que está realmente acontecendo.
A protagonista é aquele tipo de pessoa determinada, que usa a praticidade como a melhor forma de conduzir um acontecimento. Constantemente ela segue tomando decisões importantes mesmo sendo mais nova do que a maioria. Mas por já ter o peso de responsabilidades em seus ombros, ela segue no compromisso de que precisa tomar conta da situação.
Isso faz com que ela seja bastante inspiradora para nós, leitores, mas acredito que também te faça sentir compaixão por ela ter sempre que tomar as rédeas dos acontecimentos, ao invés de aproveitar a sua idade como deve ser. Aprendemos bastante com a protagonista, e ao longo de sua jornada ela cresce ainda mais intelectualmente, passando pela vida das pessoas com uma marca, e fazendo a diferença.
RELAÇÕES AO LONGO DA HISTÓRIA
Hathin também conhece pessoas ao longo da sua jornada, e a maioria delas não são boas. Infelizmente, com o contato com pessoas que querem o seu mal, a resiliência dela é ainda mais admirável. Mas Hathin também conhece pessoas que irão seguir com ela em suas próprias jornadas, contribuindo para o objetivo da história, e adicionando mais peso em sua narrativa.
São essas relações, que consistem em amizade e confiança, que reside nos maiores aprendizados entre a protagonista e os outros personagens na história. Também gostei que os laços que Hathin adquire, influenciam suas decisões finais, e a tornam uma pessoa melhor.
ENSINO DE VALORES
Aprendemos sobre a história, e com isso também a respeito da protagonista. Mas é um conjunto de todos esses fatores, que tornam a mensagem do livro ainda mais importante. Conseguimos captar que o ser humano ainda possui maldade, até mesmo contra a mais inocente das pessoas, mas o ser humano também consegue ter compaixão. Tudo depende do que aprendeu ao longo de sua vida e o que valoriza acima de tudo.
É incrível como uma história, que sai totalmente da nossa realidade, cria universo próprio, e nos obriga a nos adequar em seu próprio mundo, consiga abranger sentimentos conflitantes e compreensivos que debatemos em nosso próprio convívio.
A diversidade cultural é um dos principais temas da história, e acredito que seja uma das mensagens mais importantes, que mostra evidencia o quanto precisamos melhorar e respeitar aquilo que é diferente de nós, não deixando de ser importante.
O livro é diferente, sim. Mas é uma história para aprender e refletir, e levar para sempre consigo.
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Menina, que livro diferentão! Acho que nunca li nada parecido. Achei interessante esse lance de perdidos e projeção astral (aliás, projeção astral me lembra o Dr. Estranho, hehe. A maníaca da Marvel aqui, rsrs). Não conhecia a autora, mas deu pra perceber o quanto você curtiu a história!
ResponderExcluir=)
Suelen Mattos
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Romantic Girl
também achei diferente e demorei para me acostumar hahaha, mas é um bom livro
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