[RESENHA] A Palavra Mortal [livro #5]

Olá, leitores!

Páginas: 464 | Autora: Genevieve Cogman | Editora: Morro Branco | Ano: 2021 | Gênero: ficção, fantasia, aventura | Tradutor: Cláudia Mello Belhassof | Classificação indicativa: +14

Veja também:

A Biblioteca Invisível vol. 1

A Cidade das Máscaras vol. 2

A Página em Chamas vol. 3

A Trama Perdida vol. 4

Ordem de leitura dos livros

A Palavra Mortal é o quinto livro da série A Biblioteca Invisível. Estes são livros com conflitos únicos em cada volume, e com tramas que se complementam ao longo da série. Desta vez, Irene vai para uma Paris do final do século XIX. Como de costume, o livro começa com Irene tentando recuperar um livro de algum mundo, ela passa por alguns problemas até conseguir, e essa parte da ação me faz lembrar que a aventura é o que mais gosto nos livros. Depois de chegar ao mundo de Vale, que é onde Irene está se situando atualmente, ela recebe a visita de uma colega da Biblioteca falando sobre um tratado de paz entre Feéricos e Dragões.

O tratado era totalmente sigiloso, mas parecia ser um grande passo a se fazer. O contato com Irene foi feito porque ela tem teve bastante convívio com as duas partes, e pode auxiliar no problema que está por vir. Mesmo diante de algo como paz para os dois lados, ocorre um assassinato que pode comprometer todas as esperanças que a Biblioteca, conhecida como neutra, tem a respeito disso.

É designado então um indivíduo de cada um dos lados para tentar resolver esse mistério. É curioso como até mesmo a Biblioteca pode estar envolvida, e acho ainda mais crítico como Irene sempre acaba no meio das negociações mais tensas simplesmente por sempre conseguir passar por elas, mesmo sendo uma Bibliotecária júnior.

Nesse novo espaço em que o livro é narrado, os lados mais extremos estão o mais perto possível. Os ânimos estão bastante aflorados, todo mundo é suspeito, então é difícil conduzir de forma pacífica a investigação. Irene, por ser a protagonista, é a personagem que acompanhamos mais. Porém, quem acompanha a série, é familiarizada com outros personagens com presenças bastante frequentes, como Vale, que parece uma versão de Sherlock Holmes, e é um investigador da Londres que Irene reside; Tem também Kai que é um Dragão jovem, protetor em relação a Irene, e que sempre me fez torcer para que acontecesse um romance entre eles.

Vale e Irene, e outros das demais designações, acabam juntos investigando a frente de todos por serem escolhas óbvias, também pensei que Kai iria ser destacado para isso, por ter trabalhado anteriormente com os outros personagens, mas outro Dragão é escolhido. Portanto, neste livro, Kai não é um personagem que aparece sempre, ao contrário do livro anterior. O foco é principalmente para o grupo designado para a investigação.

A investigação em si cai em alguns momentos por falta de informação, e pelas pistas se rodearem e acabarem no mesmo lugar. Diferentemente do que estou acostumada, não tem um livro totalmente à frente da história. Um livro importante é mencionado sim, e pode comprometer a Biblioteca durante as negociações, mas não é um fator principal que vai comprometer tudo, Irene não está atrás de um exemplar, está atrás principalmente descobrir quem é o culpado de ter assassinado um membro das partes no meio das negociações de paz.

Andar por uma biblioteca - qualquer biblioteca - enquanto eles seguiam para o exterior exerceu o efeito reconfortante e estabilizador de sempre em Irene. O fato de esses lugares existirem e serem duradouros era tranquilizador, mesmo que ela mesma fosse temporária como qualquer outro ser humano.

O livro tem ótimos momentos de ação, e tem muitas informações dos vários lados que costumamos ver meramente mencionados nas outras histórias. Nunca Feéricos e Dragões estiveram tão perto, e é um passo enorme que estejam também cogitando uma trégua. Saber que este é o quinto livro desse universo, me deixou alerta de que estou mais perto de finalizar esse universo. O principal objetivo deste volume também me deixou consciente do fato por ter uma resolução a caminho.

Um dos motivos que me fizeram querer muito chegar neste livro é um casal que eu torcia muito, e que eu queria ver como seria a relação deles aqui na história, depois de finalmente minha torcida ter dado certo. Fiquei um pouco decepcionada por não ver demonstrações, mas os entendo completamente, o cenário era um prenúncio de uma guerra, então não dava para relaxar, e os momentos que o casal teve, foram o suficiente para me deixar torcendo ainda mais por eles.

O universo de A Biblioteca Invisível é um dos meus favoritos, e se encaixa perfeitamente em um cozy mystery e em cozy fantasy. São gêneros que eu gosto muito e quando combinados são melhores ainda. A protagonista é de longe uma das minhas favoritas por ela ser bastante prática e a escrita da autora é sucinta e direta. Ler este livro é como voltar para casa, sem dúvidas alguma.

O livro termina do mesmo modo que se inicia, bastante caótico, mas com novas respostas. Algumas menções ao Alberich na história soaram alguns alertas na minha cabeça. Ele é o maior vilão da série, sendo mencionado várias vezes ao longo dos volumes, e combatido no terceiro livro. Aqui ele é brevemente citado, mas nada relacionado com um possível retorno, embora isso continue sendo um dos medos da protagonista.

Como é uma história que ainda tem continuação, o problema principal é resolvido ainda neste livro, com uma trama fechada, mas as aventuras da protagonista ainda não acabaram. Restam algumas dúvidas que precisam ser respondidas, e acredito que terei mais esclarecimento no próximo volume. A editora Morro Branco confirmou o lançamento do sexto volume para ainda em 2023.

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