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Motivos para ler Pageboy


Olá, leitores!

Não sou a maior fã de biografias, mas Pageboy estava na minha listinha de desejados desde seu anúncio, já que sou fã do trabalho do Elliot Page como ator e ativista há anos, desde antes de sua transição. Por conta disso, fiquei bem curiosa para conhecer um pouco mais de sua jornada profissional e de autodescoberta. A leitura foi bem satisfatória e interessante, por isso, trouxe alguns motivos para ler a obra:

AUTODESCOBERTA


Quem conhece o ator, sabe que o mesmo começou lá no final dos anos 90 mas que o sucesso para ele veio mesmo no começo dos anos 2000 quando ainda antes de transicionar, ficou com o papel da Kitty Pride na trilogia dos X-Men e posteriormente como a personagem-título do filme "oscarizado" Juno (que inclusive é uma das minhas favoritas). Saber mais sobre a necessidade que ele sentia de ser ele mesmo e como isso já impactava seu psicológico desde muitos anos atrás, mostra como muitas vezes a jornada de autodescoberta pode ser dolorosamente longa e sinuosa que já surgia desde criança, criando raízes durante seu crescimento. 

SINCERIDADE


Elliot é bem sincero com relação aos seus sentimentos e sobre todo o processo em si. Os impactos mentais de ter que divulgar filmes com vestidos quando não se enxergava assim, o receio da rejeição, os abusos relacionados às pessoas com disforia de gênero. O ator sempre deixa claro que mesmo com todos os privilégios que o cercaram por ter uma carreira de sucesso no cinema, isso não o livrou dos sofrimentos relacionados aos que são considerados "diferentes" no meio cinematográfico e também familiar.

NARRATIVA


A narrativa da biografia não é linear, com o ator indo e voltando através dos anos para situar melhor o leitor durante a leitura do livro, que é simples e ao mesmo tempo bastante profunda, trazendo empatia e mostrando de forma sincera a realidade que muitos enfrentam.

A CRUEL REALIDADE DE HOLLYWOOD


Não é novidade que a indústria da fama no geral não é muito aberta aos que consideram diferentes e fora do padrão. Elliot Page é bem transparente com relação a isso a todo o momento, narrando suas experiências na época em que assumiu como lésbica, lá pelo ano de 2014 antes de se assumir como um homem trans. Momentos onde pessoas se aproveitavam da vulnerabilidade do momento para induzir que escondesse sua identidade e vivesse uma vida que não queria para "manter aparências". Na maior parte do livro, nomes não são citados, apenas situações. Uma que me chocou foi quando um dos atores mais famosos do mundo, segundo Page, bêbado em uma festa, disse que o est*pr4ria para provar que o mesmo não era gay. Em outros casos, nomes são citados, como o caso do diretor Niels Oplev, que tentou sexualizar a personagem vivida por Page em um filme do qual trabalharam juntos.

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Gostei muito da experiência da leitura, mesmo que em diversos momentos tenha ficado chocada com o que o Elliot passou. Porém a obra também traz relatos de pessoas que foram muito importantes para a sua jornada. É um livro essencial para conhecer melhor o processo de autodescoberta e aceitação. Vale muito a leitura.


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4 comentários:

  1. Oi Leyanne, tudo bem?
    Não acompanho a carreira do Elliot especificamente mas tudo que vi dele, gostei (como X-Men, Juno e A Origem). Tenho certeza que esse livro é ótimo pra expandir a mente e fazer a gente entender mais sobre os preconceitos sofridos pelas pessoas trans.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

    ResponderExcluir
  2. Oi, tudo bem? Parece uma biografia interessantíssima, né? Que bom que curtiu tanto a experiência de leitura deste livro. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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