[RESENHA] Satânia
Olá, leitores!
Páginas: | Autores: Fabien Vehlmann, Kerascoët | Editora: DarksideBooks | Ano: 2022 | Gênero: ficção, aventura, graphic novel | Tradução: | Classificação indicativa: +14
Satânia me enganou direitinho e a culpa disso foi exclusivamente das minhas expectativas. Pensando que seria uma leitura temática, encaixei o livro nas leituras de outubro, e de fato tem uma coisa ou outra que faz relação com o período, mas não como eu imaginava. A capa e o título me deram uma ideia totalmente diferente, e imaginei que seria algo no estilo de Condado Maldito, uma graphic novel que adoro.
Primeiro, Satânia é referida na história por algumas pessoas como um lugar subterrâneo com tecnologias superiores da Terra, pessoas socialmente e intelectualmente mais desenvolvidas, entre outras definições elevadas. Tentando buscar essa civilização, o irmão de Charlie, a protagonista, embarca nessa procura, mas não há mais notícias dele. Charlie então tenta procurá-lo entrando nas cavernas, em áreas não descobertas.
O perigo é que tais cavernas não são mapeadas, e tentando avisar as pessoas que estão na busca para resgatar o irmão de Charlie, um padre acaba envolvido e preso no subsolo na tentativa vã de sair. Agora o grupo não tem outra escolha a não ser buscar uma saída, mas essa saída pode ser nebulosa quando o único caminho disponível é cada vez mais para baixo.
A narrativa acaba inerentemente seguindo a busca para encontrar Satânia e o irmão de Charlie em conjunto. É curioso que o lugar em questão tenha sido nomeado sob a influência do antagonismo cristão, com criaturas vivendo sob o solo tendo características tal qual demônios e seres da mitologia cristã. De fato, uma coisa ou outra passa a fazer sentido se você ignorar alguns fatos da evolução das espécies e apenas desfrutar da obra de ficção.
Charlie é uma protagonista determinada, tendo marcas traumáticas no seu passado. Ela tenta resgatar o irmão sob uma fé cega de que ele precisa estar vivo, e isso pode ser convertido no quão especial ele é para ela, uma das únicas pessoas que a trata com carinho e ela não quer perdê-lo. Após um tempo, sua busca passa a ser explorar alguns caminhos, e essa parte é bem interessante.
Quanto ao mundo criado, não chegou a me convencer e em alguns momentos tive que apenas ler sem me importar com o sentido que a história fazia. Chega a ser fantasioso demais, um universo ligado por hipóteses em que o calor próximo a superfície pode ser fatal, mas um lago de fogo mais abaixo não chega a fazer mal a nenhum neles.
A aventura passa a ser um dos pontos principais da história e quero destacar que amei a bravura de Charlie, em desbravar o desconhecido, e ser companheira, assim como o padre, que foge totalmente do estereótipo, sendo prático, se agarrando a ideias atuais, tendo senso quando ninguém mais tinha. Minha maior ressalva é quanto aos furos da história e a aparente falta de objetivo do próprio universo. Charlie é centrada até o fim, mas o lugar acaba sendo simplesmente confuso.
A história é dos mesmos autores de Aurora nas Sombras, que já tinha vontade de ler, mas ainda não tive a oportunidade. Agora que já conheço um pouco da escrita deles, vou ter em mente controlar minhas expectativas e torcer para curtir melhor a história.
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Oi Leyanne, tudo bem?
ResponderExcluirO livro parece ter uma protagonista interessante. Mas é uma pena que a trama não tenha atingido suas expectativas.
*bye*
Marla
https://loucaporromances.blogspot.com/