[RESENHA] Wolfsong: O Chamado [livro #1]
Olá, leitores!
Páginas: 560 | Autor: T. J. Klune | Editora: Morro Branco | Ano: 2023 | Gênero: fantasia, romance LGBTQ+ | Tradução: Rita Süssekind | Classificação indicativa: +18
Wolfsong: O Chamado é o primeiro livro da série Green Creek. Os livros possuem histórias ligadas, mas cada volume tem um narrador diferente, e mesmo esses personagens já estão presentes na narrativa desde o primeiro volume. Os livros serão publicados pela editora Morro Branco, responsável pela publicação de outros títulos do autor.
Ox sempre foi levado a acreditar que era mais lento que a maioria. Ele é um rapaz grande para sua idade, desajeitado, que passou pelo abandono do pai logo cedo, e vive uma vida tranquila em Green Creek com sua mãe. Aos 16 anos, Ox conhece os Bennett ao ser interceptado na rua de sua casa por Joe, o filho mais novo da família. É uma surpresa que a familiar casa vazia no final da rua terá novos ocupantes, e Ox fica ainda mais atônito ao notar que, diferente das pessoas com quem convive na escola, eles serão mais receptivos com ele.
O protagonista tem uma vida difícil desde o princípio, mas contempla como é ter amigos a partir da chegada dos Bennetts, e suas relações se ampliam, não somente com eles, mas com outros personagens também. Ox trabalha em uma oficina e logo seus colegas se tornam próximos, como uma camaradagem gostosa de ver, com implicâncias e companheirismo. Essas pessoas se tornam presentes para o protagonista, e esse é o ponto de partida para a construção do personagem.
As pessoas podiam ser cruéis. Podiam ser lindas, mas também podiam ser cruéis. É como se algo tão adorável não pudesse simplesmente ser adorável. Também tivesse que ser duro e corrosivo. É uma complexidade que eu não entendia.
Cada um deles tem sua importância atribuída aos poucos no decorrer da leitura. É um processo lento, mas que discorre de maneira rápida porque o livro apresenta vários anos de Ox durante as primeiras centenas de páginas. Não é nada repetitivo, na verdade deixou a leitura mais fluida, porque os vários acontecimentos são transcorridos com habilidade, de forma rápida e sucinta. Vários desses eventos são momentos críticos na evolução de Ox, mas também necessários, abrangendo tanto suas descobertas pessoais, quanto sobre as pessoas ao seu redor.
Os Bennett são como uma mina de ouro, onde eu não cansava de ler mais sobre eles. Ox fica fascinado quando eles chegam, e tenho certeza que meu vislumbre foi parecido. Amei a evolução que a família influenciou em Ox, repassando seus valores, compartilhando seus dias, reafirmando o tipo de confiança que ele merecia. Mesmo assim, a família continuou tendo seus mistérios, aos poucos sendo revelados.
Wolfsong acaba tendo momentos críticos, mesclando entre momentos de felicidade com constantes momentos de tristeza. A vida de Ox infelizmente não é fácil, mas ele é um protagonista admirável por ter uma personalidade forte e ser extremamente determinado. Ele é o tipo de pessoa que passa por cima de qualquer pensamento pré-estabelecido sobre ele, cimentando suas próprias opiniões, e correndo atrás dos seus objetivos com garra.
Mas corações são engraçados; eles batem forte no peito, mas podem estilhaçar com a mínima pressão.
Nas primeiras páginas o crescimento de Ox fica em destaque, e sua relação principalmente com o Joe é um dos pontos chaves da obra. Mas com o passar dos anos, a leitura se torna mais séria, apresentando o cenário que pode ser decisivo, causando grandes impactos nos personagens. A fantasia na história não é apresentada imediatamente, mas fica implícito para o leitor que tem algo a ver com lobos.
A mitologia acerca dos lobos nunca deixa de ser instigante. Adorei principalmente o conceito de companheirismo que eles compartilham, transformando a leitura em um livro bem mais sentimental, em que me apeguei aos personagens mais do que pensei inicialmente. Também admiro a destreza do autor em construir muito bem diversas pessoas com personalidades únicas, cada uma com dilemas próprios, que serão desenvolvidos separadamente cada um no seu tempo. O romance é algo gradativo, mas fica implícito quem o casal será.
A parte romântica da história se entrelaça perfeitamente ao companheirismo que é proposto, não é nada maçante, e tem seus dilemas distribuídos na maneira certa, embora tenha me feito sofrer mais do que qualquer coisa. Esse aspecto da obra também interfere diretamente nas decisões dos personagens, o que já adianto que também é uma parte dolorosa.
O livro é incrível. Me fez sofrer e sorrir, e no final acabei favoritando pelo simples fato da leitura ter me conquistado pelos personagens. Eles são maravilhosos, e apesar do romance ter seu destaque apenas nesse livro, fiquei imensamente feliz por saber que continuaria vendo todo mundo nos próximos livros. Wolfsong dá vislumbres do que esperar da próxima história, com o casal já sendo mencionado.
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Oi, Leyanne! Como vai? Parece uma leitura pra lá de envolvente, né? Fiquei curioso com a obra. Que bom que curtiu. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
totalmente perfeita
ExcluirOi Leyanne, tudo bem?
ResponderExcluirDeu pra sentir o quanto a história envolveu você. Adoro quando as fantasias já conseguem isso no primeiro volume! A capa também é linda. ♥
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Essas são as melhores <3
ExcluirOlá,
ResponderExcluirMais uma novidade que eu não conhecia por aqui. Adoro premissas envolvendo lobos, mas quase não leio. Fiquei bem curiosa para o desenrolar da amizade deles e da abordagem das famílias.
até mais,
Canto Cultzíneo
sabe que eu quase não leio também? mas ameiiii
ExcluirGostei de saber que toda narrativa vale a pena pelos personagens dela. Coisa boa quando os personagens nos cativam não é mesmo? Nunca tinha ouvido falar desse livro. Diferente do que costumo ler, mas até que me gerou curiosidade.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
é bem diferente, mas incrível!!!
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