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[RESENHA] Skyhunter: A Arma Secreta [livro #1]


Olá, leitores!

Páginas: 384 | Autora: Marie Lu | Editora: Rocco | Ano: 2021 | Gênero: Ficção científica, Young Adult | Tradução: Regiane Winarski | Classificação indicativa: +14

Skyhunter: A Arma Secreta é da mesma autora de Legend e Warcross. Não cheguei a ler o primeiro, mas Warcross se tornou um favorito, sendo um YA de ficção científica ótimo. Logo que iniciei Skyhunter, percebi que seria uma leitura igualmente proveitosa, e tenho certeza que li essa história rápido demais, tamanha minha empolgação. A afinidade que tenho com a escrita da autora ajudou nesse quesito. O início é bastante cativante, possuindo um cenário distópico, e isso já mostra se tratar de uma ficção científica. Minha felicidade foi encontrar mais uma obra da autora que não é nada difícil de  assimilar.

Os personagens fazem parte de uma unidade chamada Foices. Eles lutam e tentam resistir contra a investida de uma nação que quer conquistá-los, se declarando salvadores. Os Foices tem um tipo de comunicação único, uma língua de sinais própria, para evitar qualquer barulho no campo de batalha, a fim de enfrentarem melhor os fantasmas, criaturas do exército rival, capazes de infectar e ferir brutalmente um humano.

A realidade do que enfrentam impacta desde o início, nos dando um choque ao constatarmos que suas perdas são frequentes. Talin é uma protagonista forte, mas que enfrentou batalhas decisivas contra a Federação desde cedo. Com pouca idade, teve que sair do seu país com sua mãe, perdeu o pai e por conta de um gás, não consegue verbalizar para se comunicar. A língua de sinais é seu único modo de comunicação.

Após mais um acontecimento trágico, um prisioneiro da Federação é capturado, mas Talin vê algo diferente nele e impede a execução. Como punição, seu superior ordena que ela se torne responsável pelo prisioneiro, Red, para lutarem juntos. O prisioneiro pode ter muita informação, e é nisso no que Talin se agarra. Ainda passando por momentos difíceis, a garra dela e de seus amigos é firme.


É possível alguém ser querido e assassino? É possível alguém ser gentil e uma arma de guerra?

Saber mais sobre a origem desses conflitos foi uma curiosidade que me manteve firme na leitura. A covardia dos oponentes era o que me deixava revoltada. A Federação é cruel, se baseando em princípios religiosos e autoritários como se fossem justificativas aceitáveis. Nessa mesma linha, é notável que o universo é um mundo após o nosso, dando a entender que a necessidade humana incessante de sempre ter mais, foi ao limite, assim nos aniquilando.

O clima vai se atenuando quando as respostas vão chegando. Com a companhia de Red, Talin se torna mais motivada a acabar com a guerra, encontrando uma gota de esperança no prisioneiro. Red então tem uma evolução gradual, quase imperceptível no começo. Ele é uma pessoa calada, que já tinha entregado os pontos quando se dispôs a ser prisioneiro, depois de perder tudo o que amava. Não é fácil se reerguer depois disso, por isso ele e Talin podem ter algo que exigirá passos lentos para conseguirem trabalhar juntos. Podem ter sido essas dores e um inimigo em comum que irá motivá-los a manterem um companheirismo, mesmo a contragosto, nas batalhas seguintes.

A história, mesmo tendo esse centro, também engloba outros personagens, como a mãe de Talin, que aparece poucas vezes, mas é bastante mencionada. Há também Jeran, um soldado excepcional; Adena, uma cientista, construtora, e lutadora incrível; Aramin, o Prima-Lâmina, o líder dos Foices. As aparições destes personagens vão sendo aos poucos. É ótimo que o centro da história tenha objetivos amplos, com os dilemas dos personagens estando em destaque e sendo bastante válidos. De certa forma, há uma carga dramática que ronda esse cenário, mas achei que encaixou perfeitamente para o clima sombrio retratado.

Os conflitos vão ganhando uma urgência cada vez maior conforme a Federação avança. De uma forma ou de outra, os personagens terão que enfrentá-los, e fazem isso com bravura. O livro me trouxe esperança, mesmo entregando resultados conflitantes. A escrita da autora continuou incrível, como bem me lembro, com suavidade e dureza nos momentos certos. É uma história super rápida, que realmente nem vi o tempo passar enquanto lia, e me fez mergulhar de cabeça nos acontecimentos.

O livro contém cenas de violência, cita tortura, morte, em alguns momentos de maneira detalhada.

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2 comentários:

  1. Oi, Leyanne! Que bom que curtiu. Parece instigante. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. Parece instigante e envolvente, achei super interessante a sua resenha.

    Beijos
    www.pimentadeacucar.com

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