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[RESENHA] A Flor de Ferro: As crônicas das Bruxa Negra [livro #2]


Olá, leitores!

Páginas: 512 | Autora: Laurie Frost | Editora: InsideBooks | Ano: 2023 | Gênero: Fantasia, Young Adult | Tradução: Iana Araújo | Classificação indicativa

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A Flor de Ferro é a tão esperada continuação de A Bruxa Negra, uma fantasia ambientada em um reino com diversos povos mágicos após guerras que puseram esses povos em destaque e outros em submissão. A protagonista Elloren, neta de uma grande maga que foi decisiva na última guerra, foge do que seu povo espera, ajudando seus amigos, de povos distintos, enquanto sua própria comunidade exclui todos que não sejam "puros", gerando uma segregação em massa, chegando até a violência.

No primeiro livro, essa violência não é explícita até ser tarde demais. Ela chega a ficar em segundo plano, como uma opção, mas que nem todos acreditam ser possível. Com os acontecimentos seguintes, os gardnerianos optam por meios extremos, e no fim, sabemos que a opção drástica sempre foi algo palpável, mas eles só precisavam de um pretexto impulsionado por eles mesmos.

É neste impasse que se inicia o segundo volume da série. Ao contrário do primeiro, o cenário já é um caos e as relações de amizade estão devidamente sólidas. Sempre admirei como sempre houve uma miríade de informações para assimilar, inclusive dos povos presentes, cada um com suas personalidades e distinções, embora seja justo isso pelo qual valha a pena lutar. As amizades de Elloren são fortalecidas pela luta silenciosa que está constantemente em ação, embora seja bem irônico que, quem justamente reforça o direito às diferenças, seja a neta da maga que queria abolir tal direito.

A própria magia de Elloren, ou a falta dela, mais uma vez ganha destaque por esperarem que ela seja poderosa, quando não sente poder algum, mesmo que seu sangue ruja o contrário. Há uma certa imposição sobre quem será a próxima bruxa negra, gerando conflitos pessoais e políticos entre os gardnerianos. Elloren não sabe interpretar certos avisos, mas algumas pistas de que ela pode ser algo diferente do que esperam aparece aqui e ali.


- Religião e cultura são coisas poderosas.
- Mais poderosas que o amor?
- Se você deixar que sejam, acho que sim

A narrativa chega a abranger os relacionamentos amorosos da protagonista, dando um constante destaque ao triângulo amoroso que a rodeia. Lukas Grey continua querendo casar-se com ela, enquanto Elloren rejeita o laço a todo custo. Mesmo assim, é evidente que a personagem tenha sentimentos por ele, mas não se vê à mercê de alguém. O próprio pretendente tem pontos positivos e negativos, fazendo até mesmo eu gostar e desgostar dele em diversos momentos.

Mas a estrela deste livro é, sem dúvidas, a construção em cima da relação entre Elloren e Yvan. Neste caso, não é exatamente uma construção, já que os personagens assim que se viram compartilharam múltiplos sentimentos, subentendendo um possível romance ou um conflito iminente. Mas ao contrário da relação com Lukas Grey, sendo paciente e apoiado por toda a comunidade da Gardnéria, o lance com Yvan é mais profundo, porém estritamente proibido, o que me fez torcer veementemente por esta relação. É nítido que Elloren e Yvan gravitam entre si em um tipo de romance que não necessita de toques ou palavras para ser, apenas os olhares dizem tudo. O que me fazia pensar que, se eles tivessem uma chance, realmente tivessem uma chance, incendiariam o mundo juntos.

Este romance subtendido também se torna um tipo de luta, por envolver seus ancestrais de forma dolorosa. A leitura abrange tipos de luta diferentes, mas que são particularidades importantes ao nos conduzir a interpretar o que é a ideia de comunidades e cultura. A autora não poupa palavras ao organizar uma sociedade totalitária que já viu o que é ser oprimida, e quando teve oportunidade, garantiu que seriam eles os opressores. Ler sobre resistência é ler sobre a relação entre povos e o direito de ser. Transmite sentimentos diversos. É doloroso, mas incrível. Não deixando de mostrar como inocentes acabam sendo alvejados no meio disso tudo sem nem ao menos saber o que os atingiu.

Esta é uma leitura muito bem construída. A quantidade de páginas nem me assustou, e eu particularmente adoro livros grandes, especialmente fantasia. A série é composta por quatro livros principais e três prequels.


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Um comentário:

  1. Oi, Leyanne! Como vai? Parece uma série empolgante, né? Que bom que curtiu. Fiquei curioso. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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